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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Anatomia Política – 01/12/2012



O fim deste mês de Novembro a bruxa está solta em Rondônia. A ebulição do caldo político levou à tona muita sujeira e começa a determinar o sabor nojento que o povo terá que engolir por algum tempo. Os homens mais poderosos do Estado estão nos noticiários e reforçam tudo o que se pensa de Rondônia e do Brasil pelo mundo: que não somos um país sério.
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Para começar, no dia 21/11, o Ministério Público, através da Operação Olimpo, desarticulou organização criminosa que fraudava licitações e desviava recursos públicos – o presidente da AROM, Laerte Gomes – ex-prefeito de Alvorada do Oeste - é acusado de ser o chefe da quadrilha.
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Dois dias depois, o Presidente da Assembleia Legislativa (ALE), Hermínio Coelho, denunciou esquema de corrupção envolvendo cunhado de governador e afirmou, em entrevista coletiva, que Confúcio Moura sabia e era conivente; na defensiva, Confúcio negou envolvimento e acusou Hermínio de conluio com o ex-presidente Valter Araújo, foragido da Justiça.
O que está acontecendo com o governo de Rondônia? Será que falta habilidade política do executivo para lidar com o legislativo? Ou existe mesmo um complô para derrubar o governador? Ou o governo está cheio de ratos? O mais provável, é que tudo isso está acontecendo ao mesmo tempo. Contudo, o pouco que conheço de Confúcio Moura me leva a crer que ele não esteja envolvido nessa sujeira denunciada pelo Deputado Hermínio. Explico a seguir:
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A história de Confúcio na política testemunha a seu favor. Vejamos: ou ele é um político sério, ético e honesto, ou muito esperto que nunca tenha caído. Se fosse um malandro esperto, não teria vacilado ao ponto de ser denunciado. Se for um político sério, provará que não está envolvido em esquema de propina e extirpa os ratos de seu governo.
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Crise – Mesmo que o Governador prove não ter “nada com o peixe”, a crise se instalou com força no governo e a oposição comemora. É um desafio para sua assessoria administrar mais este episodio e não deixar essa crise afetar ainda mais o governo. A prova de fogo maior é para o Diretor de Comunicação que tem, como parte de seu ofício, a responsabilidade de gerenciar crises.  
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Em Vilhena tudo voltou ao normal. Os “levantes” do pós-eleições, comandados por Melki Donadon foram aniquilados depois que ele (Melki) perdeu na justiça eleitoral. Ele tentava validar seus votos obtidos nas urnas em 07/10 ao mesmo tempo em que tentava condenar Zé Rover por compra de votos.
Os “levantes” tinham como objetivo “derrubar” Rover e ascender Melki ao poder, caso ele provasse ser “ficha limpa”. Nem uma coisa e nem outra aconteceu. A justiça eleitoral livrou Zé Rover da denuncia de compra de votos e manteve a condenação de Melki na lei da Ficha Limpa. Tá valendo a decisão do povo.
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E por falar em judiciário, podemos afirmar, sem medo de errar, que esse poder está se fortalecendo a cada dia no Brasil. Nos municípios, nos Estados e no âmbito federal, o judiciário está provando que ele tem a caneta, orçamento, conhece as leis e é independente. Para quem confia na ética dos magistrados, sendo honesto, sente-se confortável; aqueles que não confiam, ou aqueles que vivem às margens da lei, vivem um pesadelo.
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E por falar em justiça, observa-se o surgimento de um novo ícone no Brasil. O Ministro Joaquin Barbosa caiu na graça popular por conta do julgamento do “mensalão”.  A partir daí, sua postura será respeitada em qualquer assunto que emitir seu parecer. Até sobre as cotas raciais nas universidades, tão defendida pelos negros brasileiros, começa a ser contestada nas redes sociais depois que Joaquim Barbosa emitiu opinião contrária.
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A verdade é que ninguém tinha coragem de se manifestar contra as cotas raciais, por pura falta de respaldo ou de argumento. Os negros que se sentiam discriminados pelo benefício das cotas não se manifestavam por medo de contrariar os seus; os brancos contrários às cotas não se manifestavam por medo de serem interpretado como racistas. Barbosa rompeu com todos os medos.

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