Pesquisar neste blog

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Operação Tapa-buracos milionária vai envergonhar Rondônia mais uma vez

Os R$ 600 milhões que estão sendo investidos para melhorar a BR 364, entre Vilhena e Candeia, daria para fazer uma nova rodovia, com pistas duplas, no mesmo trajeto.

Foto: Jaru on-line
Quem viver verá, mais uma vez, Rondônia nos noticiário em manchetes humilhantes. A operação tapa buraco mais cara do mundo está acontecendo aqui, bem debaixo de nossos olhos. Os R$ 600 milhões que estão sendo investidos para melhorar a BR 364 no trecho entre Vilhena e Candeia do Jamari (700 km) daria para fazer uma nova rodovia, com pistas duplas, no mesmo trajeto.
No início, ainda no período da estiagem, as empreiteiras reformaram os melhores trechos, onde nem sequer precisava de “tapa-buracos”. Quando iniciou o período das chuvas eles começaram as obras nos trechos mais críticos. Porque isso? Para que não dê tempo de deteriorar o asfalto até a próxima seca. Isso é evidente! Em alguns trechos já prontos é possível ver equipes das empreiteiras refazendo, porque ficou ruim e apresentam defeitos. Isso está acontecendo em diversos pontos que formou “calhas” no local onde os pneus das carretas passam, e em outros o asfalto está esfarelando.
Mas, afinal, quem estaria “ganhando” com essa obra? Engana-se quem pensa que os políticos de Rondônia estão “levando” algum dinheiro com essa obra vergonhosa. Uns acusam o governado (isso é absurdo – a obra nem sequer passa pela administração estadual), outros falam da cúpula do PMDB, outros acusam os políticos do PT e assim por diante. A obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal, e quem fez o orçamento e administra esse recurso é o Ministério dos Transportes, através do DENIT. Este setor do governo sempre foi um antro de corrupção, ligado a grandes políticos de partidos de direita.  
Não vou entrar em detalhes sobre quais as empresas que ganharam as licitações e nem sobre suas relações promíscuas com políticos das cúpulas de grandes partidos. Não é objetivo dessa matéria “apontar dedos”, mesmo porque seria leviano acusar alguém sem provas. Mas uma coisa é certa: não venham querer jogar Rondônia novamente na lama. É hora de dar nome aos “bois”. Conheço alguns jornalistas que estão investigando (sou um deles), para, não hora certa, mostrar a verdade. No ano que vem, quando a BR começar a apresentar os mesmos defeitos de sempre, este assunto volta à tona. Vamos cobrar das autoridades. Onde foi parar o nosso dinheiro?

Dejanir Haverroth