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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Anatomia Política – setembro de 2014

Começou - Foi dada a largada da Reta final – Nunca se viu uma campanha para governo de Rondônia tão apática. Durante o primeiro mês os candidatos aguardavam o posicionamento do TRE a respeito do candidato do PSDB, Expedito Junior. Segundo alguns juristas ele não conseguiria o registro. No segundo mês, com as candidaturas definidas, os candidatos aceleraram o passo em busca do voto. Resta pouco menos de um mês para as eleições em primeiro turno e a campanha continua devagar.
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Entraves - Alguns fatores podem ter contribuído para que a disputa ao governo permaneça calma: o principal é a falta de recursos de alguns candidatos – pelo visto os doadores de dinheiro para a campanha ainda não decidiram para quem doar. Este é um sinal claro de que as eleições ainda estão indefinidas. Ninguém quer investir errado.
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Intolerância I – O segundo fator é a falta de paciência de eleitor. O povo não aguenta mais ouvir falar em política. Foram tantas as decepções nos últimos anos que não se confia em mais ninguém. Nem mesmo quem gosta de política está animado. O político que quiser se dar bem terá que repensar as estratégias e fazer diferente de tudo o que se conhece em Rondônia.
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Intolerância II – Está difícil até para os profissionais que trabalham em campo, fazendo pesquisas. Alguns já receberam ameaça de agressão de eleitores revoltados. Esse quadro é agravado em Porto Velho, onde o índice de rejeição dos candidatos é maior que nas cidades do interior.
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Principado - Aqui está parecendo uma das províncias italianas do século 14 descritas no livro “O Príncipe” de Maquiavel. Os grupos que disputam o poder se parecem ainda mais com os “príncipes” da época. Famílias reivindicam para si o poder. É só observar os sobrenomes e veremos que isso é verdade. Sou contra hereditariedade na política.
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Heranças? – Será que o povo continua besta de acreditar em “sangue azul”? Essas pessoas têm mesmo direito de herdar o poder? Terão direito, sem dúvida, se for validado com o voto. Se o povo quer, aclama, ninguém impede. Nas eleições vale o ditado: “A voz do povo é a voz de Deus”
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Suborno – O assédio aos institutos de pesquisa bate recorde nessa reta final. Se todos os contatos fossem de candidatos em busca de números e contratasse serviço, seria muito bom. Mas a maioria oferece dinheiro para fraudar dados. De cada 10 que nos procuram, oito tentam subornar. Tem muito pesquisador enchendo os picuás de grana. Isso é lamentável. Quem é infiel no pouco, será infiel no muito.
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Pesquisa de deputado – O IRPE e a Revista Enquete não mais divulgarão números totais para Deputados Federais e Estaduais neste ano. Os dados serão apresentados por região. Também não divulgará dados de Porto Velho de candidatos proporcionais. A capital é “terra de ninguém”. Todos os candidatos têm votos por lá, e são 500. É quase impossível acertar uma pesquisa para deputado com tantos nomes.
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Embolados I – Outra previsão que também consome nossos neurônios é a corrida ao Senado. Os candidatos estão empatados tecnicamente. Considerando a margem de erro, qualquer um dos três pode ser o eleito. Cada um deles tem suas armas: Acir tem a máquina e muito dinheiro; Moreira tem o Expedito a tiracolo; Ivone tem o Cassol...
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Embolados II – Uma das vagas para o segundo turno também está em aberto. Confucio, Padre Ton e Jaqueline disputam palmo a palmo a chance de disputar com Expedito no segundo turno. Se considerarmos o poder financeiro e da máquina, Confucio e Jaqueline levam larga vantagem. Mas o Padre Ton tem a menor rejeição dentre os três, e o maior exército de voluntários. É esperar pra ver. 
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Na defensiva - Me perguntam todos os dias por que eu não escrevo mais sobre política. Sigo um conselho d”A Arte da Guerra”: “a vulnerabilidade se revela no ataque, a invencibilidade na defesa”. Quanto mais falamos mais nos comprometemos. Estamos limitando a ensinar e usar os dados em nosso trabalho.
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IHPEC - No próximo ano estaremos empenhados no ensino da arte da política e das ferramentas de comunicação, agregado ao Coaching e à PNL. O Instituto Haverroth dará curso e treinamento em Assessoria de Comunicação e Marqueting Político em todo o Estado, e manterá uma escola em Ji-Paraná. Já começamos com palestras e treinamentos neste ano, e está sendo um sucesso!

Dejanir Haverroth - jornalista, Bacharel em Comunicação Social,  Especialista em Ciências Políticas Especialista em Assessoria de Comunicação e practitioner em Programação Neuro Linguística, com certificação internacional.

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