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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Jornalista faz uma síntese prévia das eleições 2016 em Vilhena

Dejanir Haverroth

Depois de vários pedidos, fiz uma breve análise do que pode acontecer em Vilhena, nas eleições de 2016. Em Vilhena existem três grupos se articulando para concorrer as eleições, e mais um candidato avulso.
Um liderado por Melki Donadon, outro por Luizinho Goebel, um grupo com Junior Donadon e o candidato "solo", Julinho da Radio (PSOL). 
Quem está melhor articulado, no momento, é o grupo ligado ao ex-prefeito Melki Donadon – com o PMDB e PTB. Inclusive tem três pré-candidatas neste mesmo grupo, todos com chances – Raquel, Rosane e Rosângela. 
O outro grupo que, embora esteja fragmentado em 5 blocos, também tem chance, porém ainda não tem um nome definido. Esse grupo conta com empresários, dissidentes do grupo de Rover e os aliados do deputado Luizinho Goebel (PV). Somente quando eles definirem um pré-candidato é que esses fragmentos se tornarão grupo e estarão em condições de enfrentar um pleito.
O terceiro grupo é encabeçado por Junior Donadon. Dissidente da família Donadon e do PMDB. Ele “corre por fora”, e deve se filiar ao PSDB. Existe uma chance desse grupo se aliar ao segundo grupo, liderado por Luizinho Goebel.
Julinho da Rádio é um candidato avulso. Não tem grupo além do partido que integra – o PSOL.
Até o período que encerra as coligações, dia 02 de abril, muita coisa pode acontecer. Se o grupo que se juntou em torno de Goebel se mantiver e contar com um nome competitivo – o próprio Goebel seria o ideal – vai para uma disputa eleitoral com chances. Se não conseguir aglutinar antes do período de filiação, vai perder seus melhores cabos eleitorais para outros partidos ou grupos.
O Grupo de Melki já está coeso, e é muito atrativo para quem “não quer perder”. Porém, terá que definir um nome que não tenha impedimento judicial para concorrer, senão terá dificuldade em conquistar a confiança do eleitor. Isso por consequência de presepadas em eleições anteriores.
Junior Donadon vive um dilema: Vai ser “Donadon” ou contra “Donadon”?? Difícil se posicionar, mesmo tentando se desvincular de estigma e tentar correr por fora. Seu sobrenome não vai permitir essa liberdade.
Se Junior se juntar ao grupo que se forma em torno de Luizinho, pode ajudar, ou atrapalhar. Isso depende da estratégia de marketing a ser usada. 45% dos Vilhenenses quer um Donadon. 55% não quer Donadon na prefeitura. Junior “Donadon” conseguia penetrar em qual público? Os que querem ou os que não querem “Donadon”?
Acho que a chave dessa eleição de 2016 em Vilhena está nesses três pontos: na decisão do Junior; na aglutinação dos fragmentos que apoiam Goebel; na composição dos grupos antes do encerramento das filiações. Por enquanto só tem um grupo pronto para o embate: o grupo do Melki Donadon.

Quanto ao atual prefeito, José Rover, é melhor que não se manifeste. Ele pode ajudar muito se ficar nos bastidores indicando e orientando o seu grupo para beneficiar àqueles de seu interesse - mesmo que ele saia limpo dessa operação. Pode até sair limpo, mas ainda assim estará “encardido”. A sujeira sai, mas as manchas ficam por um tempo.

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