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segunda-feira, 28 de março de 2011

Laboratório de jornalismo continua encaixotado na UNIR

Apenas R$ 500 mil, uma merreca, custou o laboratório de jornalismo do campus de Vilhena, da Unir. Foi comprado com recurso federal a cerca de três anos, resultado de um trabalho político dos alunos da 1ª turma junto ao Deputado Federal da região. É como um sapato que compramos na promoção e guardamos no armário, sem retirar da caixa. Nada de mais.
Chega de passar a mão na cabeça dessa universidade só porque ela fornece diploma superior sem que o aluno tenha que pagar a mensalidade. Especialmente no curso de jornalismo, a Unir é um exemplo de instituição pública brasileira no sentido mais pejorativo – lenta, burocrática, apega a teorias de organização sem objetividade, inoperante, ineficiente e incompetente.
A primeira turma só colou grau 7 anos e 4 meses depois do início, sob forte pressão dos alunos. Isso graças ao esforço dos alunos que “forçaram a barra” para que o curso acontecesse. Pelo menos cinco deles jubilaram por falta de interesse de alguns professores. Certa ocasião o campus de Vilhena foi fechado por três dias pelos alunos em ato de manifesto contra o desrespeito com que vinha sendo tratado o curso pela instituição. Portas foram trancadas, pneus foram queimados e a mídia de todo o Estado mostrou. Pouca coisa mudou.
Pobres alunos, que entram na Unir para fazerem jornalismo e acreditam que sairão jornalistas. Vão precisar ralar muito depois de formados se quiseram aprender, a não ser que consigam um estágio em algum veículo durante o curso. Não é por falta de recursos tecnológicos. É por pura má vontade de professores e administradores da universidade. Os equipamentos adquiridos estão se tornando obsoletos antes mesmo de serem utilizados. Câmeras filmadoras que custaram quase R$ 10 mil hoje podem ser encontradas por R$ 2 mil. Computadores hoje ultrapassados, que custaram absurdos ainda se encontram nas caixas. A alegação é a falta de espaço físico para a instalação do laboratório. Eles querem outros R$ 500 mil.
Professores ainda utilizam antigos recursos didáticos que consiste em observar jornais, textos, vídeos e outros produtos jornalísticos e tecer críticas. Quem faz jornalismo na Unir sabe que isso é verdade. Eles criticam o que nem sequer sabem produzir. Muitos professores de jornalismo nunca trabalharam em veículos de imprensa e nem sabem como entram ou saem de uma redação. Sabem somente criticar os veículos que sobrevivem graças aos esforços e aos sonhos de profissionais forjados no batente.
Que tipo de profissional poderá ser formado por esse tipo de instituição? Sairão bacharéis que sabem criticar tudo, mas não conseguem produzir nada. Não se devem iludir alunos. Eles precisam saber que, em todos os segmentos, só valem os resultados. 

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