O fim deste mês
de Novembro a bruxa está solta em Rondônia. A ebulição do caldo político levou
à tona muita sujeira e começa a determinar o sabor nojento que o povo terá que
engolir por algum tempo. Os homens mais poderosos do Estado estão nos
noticiários e reforçam tudo o que se pensa de Rondônia e do Brasil pelo mundo:
que não somos um país sério.
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Para começar, no dia 21/11, o
Ministério Público, através da Operação Olimpo, desarticulou organização
criminosa que fraudava licitações e desviava recursos públicos – o presidente
da AROM, Laerte Gomes – ex-prefeito de Alvorada do Oeste - é acusado de ser o
chefe da quadrilha.
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Dois dias depois, o Presidente da
Assembleia Legislativa (ALE), Hermínio Coelho, denunciou esquema de corrupção
envolvendo cunhado de governador e afirmou, em entrevista coletiva, que
Confúcio Moura sabia e era conivente; na defensiva, Confúcio negou envolvimento
e acusou Hermínio de conluio com o ex-presidente Valter Araújo, foragido da
Justiça.
O que está acontecendo com o governo
de Rondônia? Será que falta habilidade política do executivo para lidar com o
legislativo? Ou existe mesmo um complô para derrubar o governador? Ou o governo
está cheio de ratos? O mais provável, é que tudo isso está acontecendo ao mesmo
tempo. Contudo, o pouco que conheço de Confúcio Moura me leva a crer que ele
não esteja envolvido nessa sujeira denunciada pelo Deputado Hermínio. Explico a
seguir:
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A história de Confúcio na política
testemunha a seu favor. Vejamos: ou ele é um político sério, ético e honesto,
ou muito esperto que nunca tenha caído. Se fosse um malandro esperto, não teria
vacilado ao ponto de ser denunciado. Se for um político sério, provará que não
está envolvido em esquema de propina e extirpa os ratos de seu governo.
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Crise – Mesmo que o Governador prove
não ter “nada com o peixe”, a crise se instalou com força no governo e a
oposição comemora. É um desafio para sua assessoria administrar mais este
episodio e não deixar essa crise afetar ainda mais o governo. A prova de fogo
maior é para o Diretor de Comunicação que tem, como parte de seu ofício, a
responsabilidade de gerenciar crises.
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Em Vilhena tudo
voltou ao normal. Os “levantes” do pós-eleições, comandados por Melki Donadon
foram aniquilados depois que ele (Melki) perdeu na justiça eleitoral. Ele
tentava validar seus votos obtidos nas urnas em 07/10 ao mesmo tempo em que
tentava condenar Zé Rover por compra de votos.
Os “levantes” tinham como objetivo
“derrubar” Rover e ascender Melki ao poder, caso ele provasse ser “ficha
limpa”. Nem uma coisa e nem outra aconteceu. A justiça eleitoral livrou Zé
Rover da denuncia de compra de votos e manteve a condenação de Melki na lei da
Ficha Limpa. Tá valendo a decisão do povo.
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E por falar em
judiciário, podemos afirmar, sem medo de errar, que esse poder está se
fortalecendo a cada dia no Brasil. Nos municípios, nos Estados e no âmbito
federal, o judiciário está provando que ele tem a caneta, orçamento, conhece as
leis e é independente. Para quem confia na ética dos magistrados, sendo
honesto, sente-se confortável; aqueles que não confiam, ou aqueles que vivem às
margens da lei, vivem um pesadelo.
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E por falar em justiça, observa-se o
surgimento de um novo ícone no Brasil. O Ministro Joaquin Barbosa caiu na graça
popular por conta do julgamento do “mensalão”.
A partir daí, sua postura será respeitada em qualquer assunto que emitir
seu parecer. Até sobre as cotas raciais nas universidades, tão defendida pelos
negros brasileiros, começa a ser contestada nas redes sociais depois que
Joaquim Barbosa emitiu opinião contrária.
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A verdade é que ninguém tinha coragem de se
manifestar contra as cotas raciais, por pura falta de respaldo ou de argumento.
Os negros que se sentiam discriminados pelo benefício das cotas não se
manifestavam por medo de contrariar os seus; os brancos contrários às cotas não
se manifestavam por medo de serem interpretado como racistas. Barbosa rompeu
com todos os medos.