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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Meu gibi do Tex foi devolvido!

Gibi emprestado é devolvido depois de 36 anos

Dejanir Haverroth

Quem disse que não se devolvem livros? Pode ate ser, mas os amigos que comungam a paixão por gibi se respeitam. Essa história teve início no ano de 1980, na área rural do município de Nova Prata do Iguaçú, no Paraná.

Eu e meus irmãos éramos viciados em gibis. Líamos Tex, Zorro, Marvel, Fantasma e as dezenas de personagens da Disney, dentre outros. Eu, particularmente, gostava mais de Tex.

Airton Correia (foto) era um de meus companheiros de aventuras pelas matas, rios e, também, nos debates quentes sobre as façanhas do Ranger mais famoso de todos os tempos, Tex Willer.   

Em 1980/81, Airton mudou-se de Nova Prata com a família. Dois anos depois eu vim para o Norte. Desde então não tive noticias dele nem de sua família. Há cerca de dois anos, 2014 mais ou menos, graças à internet, restabelecemos contato. Ele mora em Blumenau/SC, cerca de 3.400 km de onde eu moro – Ji-Paraná/RO.

Hoje, dia 1º de fevereiro de 2017, fui surpreendido pelo meu amigo Airton. Ele me mandou uma foto de um gibi que eu teria emprestado a ele em 1980, e ele se esqueceu de devolver. O gibi ainda está em bom estado, quase 37 anos depois. Eu não lembro de tê-lo emprestado, mas, ao ver a foto, me lembrei da capa e do título.

Meu amigo Airton Correia, de Blumenau
Com certeza eu nunca levei em conta os gibis, livros e revistas que emprestei e não recebi de volta. Eu sempre os emprestei depois de ler. A única coisa que senti na ocasião em que o destino nos mandou para caminhos diferentes, foi a falta de meu amigo e companheiro de aventuras, Airton. Das espingardas e arco/flechas que fazíamos para brincar nos “potreiros” e nas “canhadas” e “sangas” que cortavam aquele interior paranaense.


A intenção de devolver o gibi do Tex “Ao Sul de Nogales”, lógico, é apenas simbólica. Não coleciono mais gibi há 30 anos. Porém, a intenção de meu amigo de infância em devolver um gibi que eu nunca me importei em emprestar, me emocionou. Mais gratificante ainda foram as memórias dos melhores tempos de minha infância, trazidas pelas conversas recentes que tive com meu amigo.