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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Organizações estudantis “brotam” em meio ao caos político

Com o fracasso temporário da democracia no Brasil, estudantes voltam a organizar entidades e grêmios.

Atendendo a um chamado cívico que grita em meio ao caos político brasileiro, estudantes rondonienses voltam a se organizar, como nos períodos mais sangrentos de nossa história.

Ji-Paraná e Rondônia terão representantes na Ubes e Conubes.

Infelizmente, há tempos não se ouve falar de movimentos estudantis no estado de movimento estudantil, mas o semanário esta mudando pois temos visto que precisamos assumir de novo oque era de direito nosso e por resolvemos puxar essa responsabilidade a nossa galera do para todos nos deu a meta de montar 10 comissões de 10 e isso foi pra ser entregue com 24 horas. Foi muita correria mas conseguimos mantar 13 na luta e na correria sem muita ajuda. Hoje podemos dizer que ji-parana e Rondonia estão na lista e iremos sim ter representantes no congresso da Ubes o Conubes

O Congresso da UBES é o maior encontro secundarista da América Latina e, a cada dois anos, convoca estudantes de todos os cantos do país para compartilhar experiências e opiniões sobre o cenário da educação do Brasil e no mundo e aprovar os rumos da entidade para o próximo período. Além de eleger a nova diretoria e o novo presidente da entidade! O 42º CONUBES acontecerá no fim do ano em Goiânia e reunirá tudo isso: eleições, palestras, debates, shows e atividades culturais.

Em evento para trabalhadores em educação, autoridades e convidados, foi lançada na tarde de segunda-feira, dia 18/09, na Sede Administrativa do Sintero, em Porto Velho, a CONAPE – Conferência Nacional Popular de Educação, etapa estadual de Rondônia.

A Conferência foi convocada pelo Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) como forma de organizar e manter a mobilização em torno da defesa do Plano Nacional de Educação (PNE), já que o governo Temer decidiu não mais realizar a CONAE.

A CONAPE tem os objetivos de monitorar as metas e fazer análise crítica das medidas que inviabilizam a efetivação do PNE, em especial, a aprovação da Emenda Constitucional 95/2016, que estabelece um teto de 20 anos aos gastos públicos federais, inviabilizando a consagração plena de todos os direitos sociais, especialmente a educação.

O coordenador estadual da CONAPE, Ramão Zarate, durante a abertura do evento, disse que a Conferência Popular terá as etapas municipais/regionais em Rondônia obedecerão ao seguinte calendário:

- Reg. Norte - Porto Velho - 06/10/2017 - 150 pessoas
- Reg. Mamoré - Guajará-Mirim - 11/10/2017 - 150 pessoas
- Reg. Estanho - Ariquemes 22/09/2017 - 150 pessoas
- Reg. Centro l - Jaru - 06/10/2017 - 130 pessoas
- Reg. Centro ll - Ouro Preto do Oeste - 05/10/2017 - 100 pessoas
- Reg. Rio Machado - Ji-Paraná - 06/10/2017 - 120 pessoas
- Reg. Guaporé - Presidente Médici - 05/10/2017 - 100 pessoas
- Reg. Mata - Rolim de Moura - 06/10/2017 - 100 pessoas
- Reg. Café - Cacoal - 06/10/2017 - 80 pessoas
- Reg. Apidiá – Pimenta Bueno - 06/10/2017 - 100 pessoas
- Reg. Cone Sul – Vilhena - 03/10/2017 - 150 pessoas

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva, destacou a importância da participação dos trabalhadores em educação, dos órgãos oficiais e da comunidade nesses eventos, pois está em discussão a luta pela melhoria da educação pública no país.

Confira sete perguntas e respostas para orientar a atuação do grêmio estudantil em sua escola:

1)    Quem pode participar da diretoria de um Grêmio Estudantil?

Todo aluno matriculado na escola poderá ser da Diretoria do Grêmio, desde que esteja inscrito na chapa vencedora. Em relação ao cargo, os membros da própria chapa deverão escolher qual posição terão de acordo com as áreas de interesse de cada um.

2)    Como é escolhida a data para a eleição do Grêmio Estudantil?

A data para a eleição do Grêmio deve acontecer dois dias letivos após o último dia de campanha das chapas.

3)    O Grêmio Estudantil tem direito a uma sala na unidade escolar?

 Sim. É importante que a diretoria da escola disponibilize uma sala para a sede do Grêmio.

4)    Qual a autonomia do Grêmio?

O Grêmio tem autonomia para elaborar propostas, organizar e sugerir atividades para a escola. Para executá-las, no entanto, o grupo deve contar com o apoio e a autorização da direção ou do Conselho de Escola. O grêmio tem direito de participar da organização do calendário escolar e deve articular e negociar os interesses junto à direção.
De acordo com levantamento do Núcleo de Articulação de Iniciativas com Pais e Alunos (Nuart), entre os mais de 3,3 mil grêmios atuantes em escolas estaduais, 29% dos grupos têm como foco organizar atividades esportivas. Outros 27% se dedicam na promoção de eventos culturais dentro e fora da unidade de ensino. O entretenimento é responsável pela atenção de 12% dos grêmios.

5)    O que é possível fazer com os recursos financeiros captados pelo Grêmio Estudantil?

É possível utilizar os recursos para organizar e promover atividades ou eventos do Grêmio. Como por exemplo, comprar um computador para a sala do grupo, promover uma excursão para um museu, entre outros. Nenhum membro do Grêmio pode ser remunerado. A participação é voluntária!

6)    O que acontece com os bens materiais que o Grêmio adquire depois que uma diretoria encerra seu mandato?

Quando uma diretoria encerra seu mandato, os bens adquiridos permanecem no Grêmio Estudantil. Os bens serão averiguados pelo diretor e pelo Conselho Fiscal (três alunos eleitos pelo Conselho de Representantes de Classe). É muito importante a transparência no gerenciamento e o incentivo à participação dos alunos nas decisões de aplicação dos recursos financeiros.

7)    Os integrantes do Grêmio podem sair da sala de aula quando houver necessidade?


A orientação dada aos grêmios é que evitem marcar reuniões e atividades em horários de aula. Quanto mais envolvidos com as disciplinas, com os professores e com a escola em geral, mais o grêmio saberá que propor e aprimorar. Em casos urgentes, com autorização do professor ou da direção da escola, é possível a saída de um membro.

Educação Básica: Ji-Paraná é um exemplo a ser seguido

Ji-Paraná é referência no Brasil devido aos avanços registrados na rede de educação municipal. A cidade possui o melhor Ideb da Região Norte, com as escolas avaliadas com notas acima da média estabelecida pelo MEC.  A escola municipal Jandinei Cella, por exemplo, atingiu nota 7,5 e, está por duas avaliações consecutivas, entre as 100 melhores do País.  
As melhorias na educação básica levaram a Prefeitura Municipal a receber o Título de Cidade Excelência em Educação. O prêmio foi outorgado, no ano passado, pelo Instituto Ayrton Senna sendo conferido somente a dez municípios Brasileiros.
Os resultados são frutos de investimentos vultosos na reestruturação física das escolas e em material didático e pedagógico, capacitação dos servidores e a implantação de uma metodologia de inclusão familiar na vida estudantil das crianças.
São mais de 30 escolas e todas receberam reformas estruturais, ampliações nos espaços pedagógicos e administrativos, investimento em informatização com aquisição de computadores e até lousas digitais com acesso a internet.
A oferta de alunos para a rede municipal aumentou em mais de 1600 vagas de 2015 a 2017. Hoje já são mais de 7.200 alunos matriculados. Até 2018 a expectativa da Prefeitura Municipal é que outras 2200 vagas sejam ofertadas, pois estão em construção outras dez escolas que atenderão ao Ensino Infantil e Fundamental.
O município já iniciou também um processo gradativo para que as escolas passem a oferecer educação em tempo integral, inserindo no currículo atividades em áreas artísticas, esportivas e recreativas. Hoje já são quatro escolas funcionando na modalidade integral, com os alunos tendo além das aulas curriculares normais, atividades de dança, música, pintura, capoeira, teatro e iniciação esportiva  e conscientização de trânsito.
As escolas rurais também receberam uma reformulação didática pedagógica. Foi implantado o Programa Educampo que visa a implantação de uma metodologia própria à educação do campo, com a inserção da pedagogia da alternância, que intercala um período de convivência na sala de aula com outro no campo com aulas práticas.

Um dos principais objetivos do programa é diminuir a evasão escolar em áreas rurais. As escolas que recebem o Programa Educampo passaram por uma grande reforma e reestruturação física, com a construção de hortas cobertas e com irrigação, área para projetos experimentais, já visando uma nova metodologia de ensino voltada à realidade rural, possibilitando ao aluno do campo aplicar em sua propriedade os conhecimentos adquiridos no ambiente escolar.