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domingo, 10 de junho de 2012

Anatomia política – sábado, 09/06/2012


Eleições 2012/Rondônia

Dejanir Haverroth

Frase: “Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar”. (Anatole France).
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Piegas – Virei colunista há pouco tempo e já adotei a famosa “frase de abertura” de cada coluna. Talvez funcione. Afinal, são breves conselhos que precisamos observar no dia-a-dia. Além disso, pode amenizar o ácido das palavras que a seguem.
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Vilhena – Começo hoje por Vilhena, mas serei breve. Há muito o que se dizer, mas o assunto já está saturado. Os outdoors espalhados na cidade com as fotos dos deputados que defenderam Valter Araújo no processo de cassação deu pano pra manga. Luizinho Goebel, o principal deles, não gostou e atacou o prefeito Zé. Mas quem pôs os tais outdoors foram os próprios ex-companheiros de Luizinho que tiveram seus partidos políticos arrancados por ele.
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Cabelo e barba – E por falar em partidos políticos, essa eleição vai ficar na história de Vilhena como uma das mais inusitadas. Pela formação das tropas, o exército de Zé Rover deve eleger todos os 10 vereadores da próxima legislatura. Nenhum outro grupo conseguiu arregimentar suas tropas para esta batalha, e não há mais tempo hábil para essa formação. Vai ser um massacre.
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PSL – A julgar por Vilhena, o PSL deve sofrer nas mãos do presidente regional, Ednei Lima. Ele tenta ditar suas regras e busca “negociar” pessoalmente os apoios. Os filiados do partido em Vilhena estão com problemas, já que Ednei nomeia a provisória a cada 30 dias com medo de perder as rédeas.
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Negócio – Na verdade o que Ednei Lima quer é negociar o PSL com Melki Donadon, e conta com o apoio do secretário do Partido, Allan França. Já os filiados querem ir com Rover. O resultado disso vai ser um grande prejuízo político para os playboys de Porto Velho.
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Prejuízo – O que o inexperiente (porém prepotente) Edinei Lima não sabe, é que o PSL precisa mais do grupo de Zé Rover, do que o grupo precisa do partido. Zé já tem 100 pré-candidatos a vereadores em seu grupo, e pode eleger 10 deles. É claro que eles não estão dispensando apoios, mas isso é possível. Afinal, dependendo das circunstâncias e do partido, quanto mais, maior o fardo.
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Castigo – O que pode acontecer, para castigo do ganancioso Ednei Lima, é o grupo do Zé não querer mais compor. Afinal, ninguém gosta de ser preterido.  É burrice e falta de estratégia trocar um grupo organizado, como o do atual prefeito, polo de Melki Donadon, que parece mais perdido do que cego em tiroteio. Melki Donadon não consegue fazer um vereador sequer. Por isso Melki quer tanto o PSL para compor.
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Cerejeiras e Cacoal – Alguém pode me perguntar: o que uma coisa tem a ver com a outra? Nesta eleição, as mudanças em Cacoal podem afetar Cerejeiras. Ezequiel Neiva é o segundo suplente a deputado estadual, e depende da eleição de Neodi em Machadinho e Glaucione em Cacoal para assumir. Ocorre que Galucione não será mais candidata em Cacoal.
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Cerejeiras – Com a declinação de Glaucione, as chances de Ezequiel assumir a cadeira de deputado foi pro beleléo. Com isso, a possibilidade de ele ser o candidato a prefeito de Cerejeiras renasce. Até agora o grupo de Ezequiel e Kleber Calisto cogitavam apoio ao Pedrinho e Osiel Neiva, mas a dupla não decolou e deve recuar de deixar Ezequiel no páreo.
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Cacoal – Já em Cacoal, o candidato do grupo de Glaucione e Newton Capixaba deve ser mesmo o empresário e ex-prefeito, Divino Cardoso (PTB). O páreo vai ser duro para o Padre Franco Vialeto (PT), que está se virando para recuperar os três anos de decadência política. Pelas enquetes, Divino leva a melhor com larga vantagem.
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Pimenta – Eu disse que voltaria a falar de Pimenta nesta semana. Pois é. O irmão do deputado Kaka, o vereador Jean Mendonça, tomou a dianteira na corrida pela prefeitura já na arrancada. O PMDB, preocupado com a situação, resolveu acabar com o racha do partido e fechar em um só nome. O candidato deve ser mesmo o Chico da Santa Maria, o nome do partido que melhor aparece nas pesquisas.
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Menos mal – O PMDB sonha em fazer o sucessor de Augusto Plaça, mas, desta vez, não vai ser fácil. A rejeição do atual prefeito é alta, e respinga no PMDB. Para ajudar o partido, Plaça terá que ficar calado nessa eleição. Mesmo se perder Pimenta, o PMDB  vai ficar bem na região – deve eleger o Só Na Bença, em Primavera, e reeleger o Dr. Célio, em Espigão.
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Aprovação de Confúcio – Nesta semana publicamos uma enquete feita em 14 dos principais municípios de Rondônia (não incluindo a capital, Porto Velho) avaliando o trabalho do governador Confúcio Moura. Na questão proposta aos eleitores, quando a resposta foi “regular”, foi perguntado se estava satisfeito com o trabalho do Governador, por isso temos a resposta “regular satisfatório” e “regular não satisfatório”. Cabe aos leitores analisarem e fazerem suas próprias considerações sobre a questão.
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Para pensar – Se, além do “bom” e do “ótimo”, considerarmos todos os “regular” como uma avaliação positiva, podemos concluir que Confúcio tem 70,9% de aprovação. Se considerarmos apenas os “regular satisfatório” como positivo, somados ao “bom” e ao “ótimo”,  temos 57,3% de aprovação.
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Aprovado – Apesar do índice de aprovação não ser alto, podemos considerar o trabalho do governador “aprovado” pela maioria da população. Em início de mandato é assim mesmo. Até que se ajuste a máquina para que funcione de acordo com um determinado objetivo, leva um pouco de tempo. Depois das eleições para prefeito a coisa deve melhorar.
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Justificando – Apesar da enquete de hoje não tratar de questão eleitoral, informamos que: “Enquetes não são pesquisas. Esse tipo de sondagem é feito sem os critérios metodológicos das pesquisas, sem controle de amostra, dependendo apenas da participação espontânea dos eleitores. Seu registro não é obrigatório, conforme Art. 33 da lei nº 9.504/97”.

Dejanir Haverroth – Jornalista e pesquisador
 (69) 9975-8514

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