Eleições 2012/Rondônia
Dejanir Haverroth
Tour – Na semana passada fiz um tour por Jarú, Ji-paraná, municípios da
BR 429, Cacoal e Pimenta e, nesta semana, pelo Conesul e Porto Velho. A
política é dinâmica, e os movimentos se assemelham às águas, que mudam de
posições de acordo com as temperaturas. A própria bíblia compara o povo às
águas. E a política é feita de povo.
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Desculpem-me – Na ultima semana não publiquei minha coluna por motivo
de força maior, por isso hoje está cheia de novidades com molho de pimenta. Inclusive seguem duas enquetes*, feitas na
semana passada: uma de Ji-Paraná e outra de São Francisco.
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Tá quente – E por falar em Pimenta, vocês podem pensar que eu estou
gostando de “passar pimenta”, porque sempre tenho novidades da terra de Kaka,
Plaça e outros xerifes. É porque o caldeirão tá fervendo naquela cidade que até
pouco tempo era esquecida e agora parece desabrochar. Na semana que vem
traremos números de lá.
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Sem alças – Em Cerejeiras a coisa tá feia para o prefeito Cleber
Calixto e o ex-deputado Ezequiel Neiva, que terão de carregar nas costas seus
apadrinhados. A rejeição de Pedrinho e de Israel Neiva pode comprometer os
planos dos xerifes maiores da cidade. Quem deita e rola é a oposição, que ganha
fôlego com isso.
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Na fila – Ezequiel Neiva, que teria maior chance de eleição para
prefeito de Cerejeiras, não será candidato. Ele espera pela eleição de Neodi em
Machadinho e Glaucione em Cacoal, para assumir uma vaga na Assembleia (ALE). Ele
é o segundo suplente de deputado na coligação que elegeu Neodi e Glaucione, e
depende desses dois resultados. Não será difícil de acontecer. O problema maior
é com relação à Glaucione em Cacoal. Existem forças trabalhando para que ela
decline a declare apoio ao Divino Cardoso.
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Ele nega – Em Colorado paira a dúvida: Anedino é ou não candidato? A
oposição garante que Anedino está fora do próximo pleito, por força da lei da
Ficha Limpa, mas ele garante que não. O desconforto é dos eleitores que estão
perdidos. Caso ele não seja mesmo candidato, a contagem deve começar do zero. Qualquer
um pode ser eleito, até mesmo o PT, que bate na trave há quase trinta anos.
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Ser ou não ser – outro que está colocando seus seguidores em dúvida é o
ex-prefeito de Vilhena, Meki Donadon. Ele garante aos seus que é candidato e
que está tudo resolvido. Pessoas mais próximas dele acreditam que ele lança a
esposa, Rosane. Na verdade, a coisa ainda está complicada para Melki.
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Milagres – Segundo informações obtidas no site da justiça eleitoral,
nem Melki nem a esposa Rosane estão aptos a concorrerem. Mas ainda há tempo, ao menos para Rosane, que
responde a apenas um processo e tem chance de ir a julgamento e ser absolvida
em tempo hábil. Já o Melki, este vai precisar de, pelo menos, três milagres.
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Piorou – A coisa já estava feia para Luizinho Goebel e ficou pior. Com
a repercussão do resultado da votação da cassação de Valter Araújo, que contou
com sua defesa, Goebel pode enterrar seu plano de se eleger prefeito de
Vilhena. Outro agravante é o fato do parlamentar tomar, no tapetão, o partido
de colegas que estariam se aliando ao prefeito José Rover.
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Retroceder – Essa palavra deveria fazer parte do vocabulário de
Luizinho neste momento. Se bem que, de qualquer forma, sairá arranhado. Só a
ameaça dele em sair candidato a prefeito de Vilhena já prejudicou sua reputação
na BR 429, seu maior reduto eleitoral. Em Vilhena ele perdeu boa parte de seus
principais aliados, que também são aliados de Rover e filiados aos partidos que
ele “tomou de assalto”. E agora, Luizinho? Se correr o bicho pega, se ficar o
bicho come.
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Enquete I - Em São Francisco do Guaporé, de cada cinco moradores, três querem votar
na Lebrinha (Gislaine Lebrão – filha do deputado Lebrão) para prefeita, segundo
enquetes* do IRPE (Veja Gráfico). Seus adversários estão desesperados e tentam
desestabiliza-la, mas quanto mais fazem, pior fica. Dizem que as lebres são
assim mesmo: quanto mais obstáculos em seu caminho, mas difícil
alcança-las.
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Enquete II - Em Ji-paraná a liderança é do Deputado Jesualdo Pires, do PSB. A
tendência também foi aferida pelo IRPE em enquete* realizada na última semana. Esquisito
é o apoio do Bianco ao Jesualdo. Não sei como o PSB vai administrar isso. Com
tanta rejeição de Bianco, o risco é que o apoio se torne uma cruz que Jasualdo
terá de carregar.
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* “Enquetes não são pesquisas eleitorais. São sondagens sem os
critérios metodológicos das pesquisas, sem controle de amostra, dependendo
apenas da participação espontânea dos participantes. Sua publicação não requer
registro no TRE - Art. 33 da lei nº 9.504/97”.
Dejanir Haverroth – Jornalista e pesquisador
(69) 9975-8514
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