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terça-feira, 1 de maio de 2012

Carta aberta ao jornalista Mario Quevedo

Caro amigo jornalista Mário Quevedo Neto. Faço esta “carta aberta” porque já tentei, através de outros expedientes, te aconselhar e tirar você desse caminho destrutivo que você entrou. Te chamo de “amigo” porque fiz, e continuo fazendo por você, coisas que só os amigos fazem, como torcer para que crie juízo e aproveite melhor o talento de jornalista que Deus te deu. Também te chamo de “jornalista” para provar que não tenho preconceito contra jornalistas práticos. Antes de ingressar em uma faculdade eu atuei como jornalista por cinco anos, e respeito os profissionais forjados no trabalho.

Eu quero que você olhe em um espelho e enxergue, não apenas a sua imagem, mas as coisas em sua volta e, principalmente, os rastos que você deixou para traz. Talvez consiga ver o que você está plantando e descubra o que você vai colher em teu caminho. Converse com um agricultor, operador de plantadeira, se a beleza de uma lavoura florida não é resultado do desenho que ele faz enquanto planta? Se os frutos da colheita não é resultado da qualidade da semente lançada ao solo?

Não se endeuse, achando que é um paladino da moralidade só porque estás livre das drogas há alguns meses. A água de um poço não se limpa sem que seja totalmente trocada. É preciso sair a água suja e entrar a limpa. Só assim, aos poucos, ele vai se limpando. São mais de 20 anos de caminhos tortuosos, com males imensuráveis para si e para as pessoas que o cercam – família, amigos e até estranhos - vítimas do mundo que você alimentou através do vício.  

Eu também creio que Deus perdoa uma multidão de pecados, caso contrário, eu não sustentaria mais o meu próprio peso. Também acredito que o tempo cura feridas, que amigos também perdoam e que as pessoas de bem, que são maioria, torcem pelo bem de seu próximo e se alegram com suas vitórias. Também creio que devemos deixar as 99 ovelhas seguras no aprisco e resgatar uma que ficou perdida no deserto da vida. Mas, primeiramente, acredito na humildade. Sem ela, não há honra. Sem humildade também não há resgate, não há perdão.

Não creio que a sua insistência em atacar colegas de profissão sem nenhuma razão vá te trazer algum benefício. Pelo menos oito colegas da imprensa de Vilhena foram vítimas de ataques teus nos últimos meses - falo somente por mim nesta carta. Não sei se somos perfeitos ou não, mas não sei como consegue enxergar um cisco no olho de um colega, tendo sujeira em teu próprio olho. Não digo que sejamos corporativistas, mas não vi, em nenhum dos casos, razão para ataques. Já ouviu alguém dizer que “roupa suja se lava em casa”? O ditado é popular, não serve para “intelectuais” como você, mas cabe certinho nesse lamaçal que você transformou a imprensa de Vilhena.

Eu acredito na evolução das pessoas. Vou fazer uma analogia usando as aves. Você conhece as gaivotas? Pois é. Com tanta capacidade, o mar e o céu inteiros para explorar, a gaivota se submete a comer as migalhas dos humanos. Se elas tivessem a capacidade de evoluírem como nós temos, ela poderia ser águia. Voar alto, enxergar longe, e não depender de migalhas dos outros. Mas, se ela começar a voar alto e não desenvolver a visão e as virtudes da águia, poderá se transformar em um abutre, farejando e buscando apenas as carniças. Algumas pessoas também evoluem assim (se é que podemos chamar de evolução): ganham asas, mas não desenvolvem visão e nem virtudes para buscar coisas boas.

Quero te propor uma coisa, meu amigo jornalista: reflita sobre isso que te escrevo e procure conciliar com as pessoas que você ofendeu, ou que, no teu entendimento, te ofenderam. O perdão um grande bem para quem o libera, por isso acredito que todos eles te receberão de braços abertos, como a um filho pródigo. Nós acreditamos em você, na sua competência profissional, no seu bem-estar, na paz em sua casa. Queremos apenas a sua resignação e o seu respeito para que vivamos em harmonia.

Aceite o meu abraço sincero.

Dejanir Haverroth – jornalista em Vilhena

5 comentários:

  1. PAULO SEZAR DUARTE1 de maio de 2012 às 19:15

    mais uma vez Dejanir, vc deu uma aula de serenidade e respeito para com seu semelhante, talvez com essa carta aberta além do Mário que a uma excelente pessoa e um ótimo jornalista talvez vc esteja ajudando outras pessoas. Conheço parte da sua trajetória profissional e mesmo com todas as dificuldades que a vida lhe impôs vc se tornou uma pessoa de bem e respeitável. Parabéns e sucesso,

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  2. Gosto muito do Mário. Somos amigos há muitos anos, daquele tipo de amizade que dispensa o convívio diário para não acabar. Entendo o processo pelo qual ele está passando, torço por ele e creio na sua vitória. Parabenizo aqui o Dejanir pela grandeza e beleza do seu gesto, tornando público o sentimento que o norteia acerca dos últimos acontecimentos.
    Pode ser piegas para muitos, mas a verdade é que reconheço e admiro a atitude deste jornalista que ao invés de fazer como muitos fazem, ou seja, pisar em quem está tentando se levantar, em quem precisa de todo apoio e amizade sincera no momento (não omissa), estende a mão e se colocada nos dois lados do perdão, como ofensor ou ofendido, que cá para nós, e para Deus é a mesma coisa. Quando perdoamos não abrimos mão da justiça, abrimos mão de ser justiceiros, liberamos perdão e a partir dali não exigimos mais o pagamento da “dívida”. Embora possamos estar em lados opostos politicamente ou mesmo tendo visão diferente do outro, creio na tolerância e na suavidade das nossas atitudes quando somos confrontados, quando ficamos diante do nosso “oponente”, diante das divergências.
    A verdade é que todos nós procuramos por algo, procuramos ser um bom profissional, procuramos nos casar com uma mulher que edifica o lar, construir uma empresa conceituada, ganhar dinheiro o suficiente para tirar trinta dias de férias por ano, sempre estamos à procura de algo e para que consigamos não é necessário tirar alguém da "estrada", “fechar a concorrência” e nem pisar e ofender ninguém. Tenho amizades do ponto de vista social, estranhamente entrelaçadas e cuido para que um assunto confiado a mim por um amigo não seja levado de forma destrutiva ou deturpada ao outro, tento não usar como arma as queixas que me fazem uns dos outros.
    Mário, Dejanir, Nano e todos, existe algo maior que vai além dessa vida concorrida, ás vezes injusta e em muitos casos violenta, creio que o amor fraternal seja o maior desafio do ser humano, e não é a toa que esse amor (ágape) seja a síntese do Evangelho de Cristo. Tenho me esforçado muito nesse sentido, mas ainda falta muito, tenho muitas feridas para serem curadas; muito perdão para ser liberado e para ser pedido. Tenho tanta coisa para ser consertada; ás vezes eu me sinto um lixo, por ser o que sou e por pensar certas coisas.
    Eu encerro fazendo as seguintes perguntas: Você sabe escrever artigos? Você é um grande político? Você é um empreendedor de sucesso? Você goza de prestígio social? Você é um grande professor? Você é um profissional liberal renomado? Isso tudo é fácil de ser ou conquistar, agora tente ser e ter o caráter de Jesus, pois é a única coisa que realmente vale a pena nessa vida, buscar o caminho da Santidade, amar as pessoas mesmo que elas nos menosprezem, mesmo que elas nos ofendam, mesmo que nos façam mal, nos tire dinheiro ou posição, faça isso, pois tudo é por Ele, para Ele e através D’ele! Quando levamos nossa oferta a Deus, Ele nos diz: “Obrigado, mas, por favor, entregue ao outro”, quando dizemos: “Deus! Nós O amamos”, Ele diz: “Sim isso é ótimo! Mas vá e ame aquelas pessoas ali”, você que fazer algo para Deus? Faça para as pessoas, independentemente do merecimento, assim como a Graça de D’ele derramada sobre todos nós!

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  3. Bom, em primeiro lugar, grato pela preocupação, apesar de eu não precisar nem ter pedido sua compaixão.
    Dejanir, por trás de suas palavras existe apenas a intenção de me humilhar e rebaixar, e não vejo nesse texto nenhuma boa intenção. Em meu ponto de vista, sua meta é apenas me desestabilizar psicológica e espiritualmente, pois para você não é um bom negócio eu estar afastado das drogas. Afinal, desta forma eu valorizo meu trabalho, e não faço matérias a preço de banana apenas para sustentar meu vício, situação que já foi bastante proveitosa para você. Afinal, mesmo eu sendo um prático, a quem a negar você na verdade reafirma seu preconceito, sempre lhe fui útil fazendo matéria em troca de merrecas. Você quer ver o Mario Quevedo na mesma situação de antes, e penso que até torce por isso.
    Seu texto são palavras de lobo escondido sob a pele de cordeiro. Você não é a pessoa mais indicada para dar conselhos de cunho ético a quem quer que seja, por isso, é melhor cuidar de sua vida e me deixar em paz.
    Não tenho a menor obrigação de lhe dar justificativa alguma, mas já que diz que ataquei OITO (ainda por cima é exagerado) jornalistas este ano sem motivo algum, lhe respondo que não é nada disso. Nem foi esse número e sempre houve motivo. Apenas reagi a provocações e condutas que me afetaram diretamente, como em seu caso, que cansou de usar material produzido por mim e pelo site em que eu trabalho para manter seus sites atualizados.
    Mesmo assim, como lhe disse no começo, agradeço sua preocupação, mas não aceito seus conelhos. Guarde-os para você e me deixe em paz. Não será você com suas artimanhas e tramóias que vai me jogar de novo nas garras do vício. Desista.

    Mario Quevedo

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    1. Isso mesmo...Mario. Não deixe ninguem pisar em vc. Lobos em pele de cordeiros a gente ve aos montes ... e o texto do Dejanir so prova a arrogancia dele. Na boa,pessoas como essa é melhor nem se esquentar. Responda-ps sempre, em respeito aos seus leitores. Mas que fique por aí e que nada nem ninguem possa ser pedra em seu caminho . Fique na paz, Jornalista Mario Quevedo Neto.

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    2. Cara Tessa,
      Sou tão "arrogante" que publiquei teu comentário, e o do Mario, em meu blog.
      Gosto do Mario, embora ele não acredite, e gostaria mesmo de ajuda-lo. Eu aprendi uma lição com o Quevedo, no ano de 1994, quando eu e ele ensaiávamos entrar na imprensa. Ele trabalhava numa loja de produtos agrícolas e eu morava no sítio, em Nova Conquista. Eramos dois "quebrados".
      Ao me aconselhar, ele me disse com a eloquência que lhe é peculiar:
      "Dinheiro é consequência, por isso não me preocupo, só faço minha parte e sei que "ele" vai aparecer!"
      Eu aprendi a lição e um pouco mais. Hoje sei que TUDO é consequência!
      Consequência dos atos que praticamos e da grandeza de nossos sonhos. Você é espírita e sabe muito bem disso.
      Deixe que o Universo me julgue e me dê, como consequência, o que eu mereço.
      Um abraço!

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