Eleições 2012/Rondônia
Dejanir Haverroth
Frase: “Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas
também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar”. (Anatole France).
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Piegas – Virei colunista há pouco tempo e já adotei a famosa “frase de
abertura” de cada coluna. Talvez funcione. Afinal, são breves conselhos que
precisamos observar no dia-a-dia. Além disso, pode amenizar o ácido das
palavras que a seguem.
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Vilhena – Começo hoje por Vilhena, mas serei breve. Há muito o que se
dizer, mas o assunto já está saturado. Os outdoors espalhados na cidade com as
fotos dos deputados que defenderam Valter Araújo no processo de cassação deu
pano pra manga. Luizinho Goebel, o principal deles, não gostou e atacou o
prefeito Zé. Mas quem pôs os tais outdoors foram os próprios ex-companheiros de
Luizinho que tiveram seus partidos políticos arrancados por ele.
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Cabelo e barba – E por falar em partidos políticos, essa eleição vai
ficar na história de Vilhena como uma das mais inusitadas. Pela formação das
tropas, o exército de Zé Rover deve eleger todos os 10 vereadores da próxima
legislatura. Nenhum outro grupo conseguiu arregimentar suas tropas para esta
batalha, e não há mais tempo hábil para essa formação. Vai ser um massacre.
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PSL – A julgar por Vilhena, o PSL deve sofrer nas mãos do presidente
regional, Ednei Lima. Ele tenta ditar suas regras e busca “negociar”
pessoalmente os apoios. Os filiados do partido em Vilhena estão com problemas,
já que Ednei nomeia a provisória a cada 30 dias com medo de perder as rédeas.
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Negócio – Na verdade o que Ednei Lima quer é negociar o PSL com Melki
Donadon, e conta com o apoio do secretário do Partido, Allan França. Já os
filiados querem ir com Rover. O resultado disso vai ser um grande prejuízo
político para os playboys de Porto Velho.
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Prejuízo – O que o inexperiente (porém prepotente) Edinei Lima não
sabe, é que o PSL precisa mais do grupo de Zé Rover, do que o grupo precisa do
partido. Zé já tem 100 pré-candidatos a vereadores em seu grupo, e pode eleger
10 deles. É claro que eles não estão dispensando apoios, mas isso é possível.
Afinal, dependendo das circunstâncias e do partido, quanto mais, maior o fardo.
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Castigo – O que pode acontecer, para castigo do ganancioso Ednei Lima,
é o grupo do Zé não querer mais compor. Afinal, ninguém gosta de ser
preterido. É burrice e falta de estratégia
trocar um grupo organizado, como o do atual prefeito, polo de Melki Donadon,
que parece mais perdido do que cego em tiroteio. Melki Donadon não consegue
fazer um vereador sequer. Por isso Melki quer tanto o PSL para compor.
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Cerejeiras e Cacoal – Alguém pode me perguntar: o que uma coisa tem a
ver com a outra? Nesta eleição, as mudanças em Cacoal podem afetar Cerejeiras.
Ezequiel Neiva é o segundo suplente a deputado estadual, e depende da eleição
de Neodi em Machadinho e Glaucione em Cacoal para assumir. Ocorre que Galucione
não será mais candidata em Cacoal.
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Cerejeiras – Com a declinação de Glaucione, as chances de Ezequiel
assumir a cadeira de deputado foi pro beleléo. Com isso, a possibilidade de ele
ser o candidato a prefeito de Cerejeiras renasce. Até agora o grupo de Ezequiel
e Kleber Calisto cogitavam apoio ao Pedrinho e Osiel Neiva, mas a dupla não
decolou e deve recuar de deixar Ezequiel no páreo.
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Cacoal – Já em Cacoal, o candidato do grupo de Glaucione e Newton
Capixaba deve ser mesmo o empresário e ex-prefeito, Divino Cardoso (PTB). O
páreo vai ser duro para o Padre Franco Vialeto (PT), que está se virando para
recuperar os três anos de decadência política. Pelas enquetes, Divino leva a
melhor com larga vantagem.
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Pimenta – Eu disse que voltaria a falar de Pimenta nesta semana. Pois
é. O irmão do deputado Kaka, o vereador Jean Mendonça, tomou a dianteira na
corrida pela prefeitura já na arrancada. O PMDB, preocupado com a situação,
resolveu acabar com o racha do partido e fechar em um só nome. O candidato deve
ser mesmo o Chico da Santa Maria, o nome do partido que melhor aparece nas
pesquisas.
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Menos mal – O PMDB sonha em fazer o sucessor de Augusto Plaça, mas, desta
vez, não vai ser fácil. A rejeição do atual prefeito é alta, e respinga no
PMDB. Para ajudar o partido, Plaça terá que ficar calado nessa eleição. Mesmo se
perder Pimenta, o PMDB vai ficar bem na
região – deve eleger o Só Na Bença, em Primavera, e reeleger o Dr. Célio, em
Espigão.
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Aprovação de Confúcio – Nesta semana publicamos uma enquete feita em 14
dos principais municípios de Rondônia (não incluindo a capital, Porto Velho)
avaliando o trabalho do governador Confúcio Moura. Na questão proposta aos
eleitores, quando a resposta foi “regular”, foi perguntado se estava satisfeito
com o trabalho do Governador, por isso temos a resposta “regular satisfatório”
e “regular não satisfatório”. Cabe aos leitores analisarem e fazerem suas próprias
considerações sobre a questão.
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Para pensar – Se, além do “bom” e do “ótimo”, considerarmos todos os “regular”
como uma avaliação positiva, podemos concluir que Confúcio tem 70,9% de
aprovação. Se considerarmos apenas os “regular satisfatório” como positivo, somados
ao “bom” e ao “ótimo”, temos 57,3% de
aprovação.
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Aprovado – Apesar do índice de aprovação não ser alto, podemos
considerar o trabalho do governador “aprovado” pela maioria da população. Em
início de mandato é assim mesmo. Até que se ajuste a máquina para que funcione
de acordo com um determinado objetivo, leva um pouco de tempo. Depois das eleições
para prefeito a coisa deve melhorar.
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Justificando – Apesar da enquete de hoje não tratar de questão eleitoral,
informamos que: “Enquetes não são pesquisas. Esse tipo de sondagem é feito sem
os critérios metodológicos das pesquisas, sem controle de amostra, dependendo
apenas da participação espontânea dos eleitores. Seu registro não é
obrigatório, conforme Art. 33 da lei nº 9.504/97”.
Dejanir Haverroth – Jornalista e pesquisador
(69) 9975-8514