(Coluna publicada na Revista Enquete - edição 04)
Dejanir Haverroth
www.dejahaverroth.blogspot.com
Descanso - Ultima edição da Enquete entes das eleições. Depois, é tirar uns dias de folga, assim como os guerreiros que participaram das batalhas eleitorais. Me sinto como um correspondente de guerra em meio ao fogo cruzado. De vez em quando sobram alguns estilhaços. Com o fim da guerra, um tempo para curar as feridas.
>>>
Deu BO - E por falar em “fogo cruzado”, vou pagar minha grande língua. Na edição passada comentei que a presença de Julio Olivar na Secretaria de Educação contribuía com o desempenho ruim do governo na avaliação popular. Ratifico e seguro o BO!
>>>
Diagnóstico – Confúcio é médico, e isso deve tê-lo ajudado a diagnosticar, em tempo, alguns males de seu governo. “Da tísica, dizem os médicos, no princípio é difícil de diagnosticar e fácil de curar. Depois de um tempo, torna-se fácil de diagnosticar, e difícil de curar” (Machiavel).
>>>
Humildade - Já, no Decom, para dar certo, Olivar vai depender de um pouco de humildade e paciência para lidar com os profissionais da imprensa. Compet~encia ele tem. “Adiante da honra, vem a humildade” (bíblico). Veremos em breve.
>>>
Vilhena – Outra máxima de Machiavel pode ser aplicada em Vilhena, com Melki Donadon. Quando alguém usa de meios escusos para tentar chagar ao poder, duas coisas podem acontecer. Se conseguir seu intento, será exaltado pelo povo e terá tempo de corrigir os erros que cometeu no percurso. Se não chegar, será desonrado pelos seus próprios seguidores, cairá no descrédito e sobrará somente o ônus.
Vilhena II – Por falar nos erros de estratégia de Melki Donadon, se for escrever daria um livro. Com tantos talentos, já teria chagado ao governo de Rondônia pelo menos duas vezes, não fosse outro lado de sua personalidade que estraga o conjunto. Seu exército poderia ser incontável, mas está reduzido a alguns pelotões de cavalaria e outros de infantes.
>>>
A artilharia de Luiz – Sobre a batalha pela conquista de Vilhena, vale observar alguns detalhes, ainda à luz de “O Príncipe”. O Coronel Melki Donadon não tem artilharia própria. Faz uso de um exército de artilheiros de Luizinho Goebel para tentar desestabilizar Zé Rover. De tanto atacar, Luiz está vulnerável: “A fortaleza se revela na defesa, mas a vulnerabilidade, no ataque”.
- Nesse caso Machiavel adverte quanto ao uso de tropas auxiliares ou mercenárias: “é bom atentar para o perigo que cada uma representa... perca ou vença a conquista... quando não se voltam contra você, vão espoliá-lo”. Não é difícil é saber se a tropa de Goebel é auxiliar ou mercenária.
>>>
Mercenária – Com base nas ultimas eleições, é fácil concluir que a tropa de Luizinho Goebel é mesmo mercenária. Daqueles que, em tempos de paz, vivem à sombra de quem está no poder e, em tempos de guerra, voltam-se contra ele de acordo com seus interesses. Fez isso com Rover. E, em 2010, Luizinho barrava nos palanques frases fortes contra a honra de Confúcio Moura - depois das eleições, conseguiu a maior fatia do governo em Vilhena. Mais que o próprio escudeiro de Confúcio e do PMDB – Natan Donadon.
Cacoal – Se Deus é pelo Padre, quem será contra? Cacoal vive um momento decisivo na política. De um lado um padre pobre e totalmente por fora dos padrões políticos que vivemos. De outro lado, alguém cercada de poderosos e lideranças. Por enquanto o Padre está em desvantagem, mas, quem sabe, Deus aparece!?
>>>
Cerejeiras - O município está prestes a viver uma das maiores transformações na política de todos os tempos. De um lado se encontram todos os ex-prefeitos, ex-deputados, empresários fortes e lideranças que estiveram no comando do município há mais de 20 anos. De outro lado, aparentemente sozinho, mas com a maioria dos eleitores, Airton Gomes lidera as intenções de votos.
>>>
Desespero – O desespero de quem sabe que está perdendo é grande na maioria dos municípios. A exemplo de Monte Negro, São Francisco, Alvorada e Cerejeiras, e diversos outras, as disputas estão virando agressão verbal, física e vandalismo. “O desespero de quem está encurralado pode se transformar em uma energia letal”, (Sun Tzu). Ainda bem que é o povo quem determina quem ganha ou perde.
Dejanir Haverroth – Jornalista e pesquisador
assessoriavha@gmail.com
(69) 9975-8514
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sejam bem-vindos. Não haverá censura aos comentários, exceto para textos agressivos de leitor anônimo.