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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Anatomia política – 12 de Fevereiro de /2013



Dejanir Haverroth*

Como tudo no Brasil começa depois do carnaval, e eu também decidi aderir. Essa é a primeira coluna do ano de 2013. Vamos começar pela corrida ao governo de Rondônia - o assunto mais comentado nos bastidores da política.
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A pergunta é: Confúcio será mesmo candidato à reeleição? Já percorri duas vezes o Estado neste ano e ouvi isso de muitas pessoas por onde andei.  Em minha modesta opinião, Confúcio é candidatíssimo a reeleição e, pelo que tenho visto, não terá adversário a altura. Ouso até afirmar que não haverá segundo turno.
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Prova – Comecemos a ver quem NÃO É CANDIDATO. Ivo Cassol, que poderia representar perigo a reeleição de Confúcio certamente estará fora, degolado pela “Ficha Limpa”. Para se ter uma ideia, se as eleições fossem hoje, pelas pesquisas, Cassol teria vantagem sobre Confúcio, devido ao seu estilo personalista. Mas até as eleições é possível que isso mude, caso Confúcio consiga fazer a opinião pública entender que o fortalecimento das instituições é mais importante que a figura do político.
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Expedito Junior, outro com expressividade popular, certamente não será candidato, já que tem um contrato de prestação de serviços no valor de R$ 50 milhões por ano com o governo. Ainda pesa contra Expedito uma condenação que poderá deixa-lo fora. Não é vantagem (política ou financeira) para Expedito enfrentar Confúcio. Contudo, Expedito está buscando o apoio de Cassol para a empreitada.
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Essa avaliação é simples. Sem Cassol e nem Expedito Junior, sobram poucos adversários com respaldo popular para uma disputa ao governo. É só tirar a prova dos nove (Noves fora, sobra Confúcio). Então, quem são os possíveis adversários do PMDB ao governo em 2014?
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Adversário I - O PP, de Ivo Cassol poderá lançar um (a) candidato (a). Pode ser sua esposa, Ivone Cassol, ou seu irmão, Cesar Cassol, prefeito de Rolim. O mais provável é que seja Cesar. Mas, por enquanto, não é possível ver sucesso nessa empreitada. Cesar vai ter que fazer um trabalho muito bom em Rolim e repercutir no Estado todo, e para isso tem pouco tempo. Se esperar só pela transferência dos votos do Ivo, vai se decepcionar.
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Quanto à Ivone Cassol, as pesquisas do IRPE mostram que ela perde para Confúcio hoje, que sua popularidade deveria estar em alta e o governo não está bem perante a opinião pública. Daqui a um ano e meio, quando começar a campanha, Confúcio estará fortalecido e com larga vantagem. Ivone não terá chance.
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Adversário II – O PT provavelmente terá candidatura própria ao governo. Mas para isso conta com importantes alianças, como o PSB de Nazif (Porto Velho) e Jesualdo (Ji-paraná). O nome melhor do PT é o Deputado Federal Padre Ton, e a maior força virá da bandeira do próprio partido. Lula é um ícone e o palanque do partido estará muito forte na próxima eleição, que deve reeleger Dilma. Existe ainda a possibilidade de Hermínio Coelho(PSD) voltar ao PT e ser o candidato ao Governo.
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Adversário III – Existe uma grande possibilidade de o PDT romper com Confúcio e lançar candidatura ao governo. É um sonho da família Gurgacz e está nas mãos do Senador Acir. As chances de eleição dependem de vários fatores nesse percurso até a campanha. Primeiro é apostar nos erros de Confúcio, depois na capacidade de ganhar aliados. Um partido cobiçado é o PSB (o PSB é a noiva mais cobiçada por todos os partidos nessa campanha).
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Adversário IV – o PSD, partido mais novo do Brasil, deve ensaiar uma disputa ao governo em 2014. Com aliados em todos os municípios de Rondônia, a Assembleia Legislativa e dois pré-candidatos, os PSDistas certamente não entregarão o governo sem disputa. O Deputado Hermínio Coelho, presidente da ALE,  e o prefeito de Ouro Preto, Alex Testone, são os nomes do partido.
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O jogo – Para quem já é oposição, como o PP, PSD e PTB, a disputa é natural. Se perder a eleição, não terá grandes prejuízos, já que esteve cumprindo o seu papel natural na política. Mas para os aliados do governo, como o PDT, o PSB e o PT, caso venham para a disputa e percam, terão prejuízos graves. Como ensina Machiavel, tudo o que se faz durante uma disputa pode ser concertado se a batalha for vencida. Se for derrotado, até os amigos lhe virarão o rosto.
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Avulso – Outro partido que tem uma relativa representatividade é o PTB, de Nilton Capixaba. Mas o partido sofreu um golpe quase fatal com a queda de Valter Araújo. Capixaba terá que se organizar e escolher o lado certo, uma boa coligação, para se garantir na Câmara dos Deputados. Voto ele já provou que tem.
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Pesquisa – uma ampla pesquisa feita pelo IRPE em 32 municípios de Rondônia mostra a corrida para a câmara dos Deputados, para o Senado e para o Governo de Rondônia. Parte dessa pesquisa será publicada na versão impressa da Revista Enquete, na próxima semana. Esta coluna também fará uma análise dos dados e mostrará com detalhes as configurações para o Governo em 2014, com números.

Dejanir Haverroth – Jornalista e pesquisador
 (69) 9975-8514

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