Dejanir Haverroth*
Como tudo no Brasil começa depois do carnaval, e eu também decidi
aderir. Essa é a primeira coluna do ano de 2013. Vamos começar pela corrida ao
governo de Rondônia - o assunto mais comentado nos bastidores da política.
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A pergunta é: Confúcio será mesmo candidato à reeleição? Já percorri
duas vezes o Estado neste ano e ouvi isso de muitas pessoas por onde andei. Em minha modesta opinião, Confúcio é
candidatíssimo a reeleição e, pelo que tenho visto, não terá adversário a
altura. Ouso até afirmar que não haverá segundo turno.
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Prova – Comecemos a ver quem NÃO É CANDIDATO. Ivo Cassol, que poderia
representar perigo a reeleição de Confúcio certamente estará fora, degolado
pela “Ficha Limpa”. Para se ter uma ideia, se as eleições fossem hoje, pelas
pesquisas, Cassol teria vantagem sobre Confúcio, devido ao seu estilo
personalista. Mas até as eleições é possível que isso mude, caso Confúcio consiga
fazer a opinião pública entender que o fortalecimento das instituições é mais
importante que a figura do político.
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Expedito Junior, outro com expressividade popular, certamente não será
candidato, já que tem um contrato de prestação de serviços no valor de R$ 50
milhões por ano com o governo. Ainda pesa contra Expedito uma condenação que
poderá deixa-lo fora. Não é vantagem (política ou financeira) para Expedito
enfrentar Confúcio. Contudo, Expedito está buscando o apoio de Cassol para a
empreitada.
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Essa avaliação é simples. Sem Cassol e nem Expedito Junior, sobram
poucos adversários com respaldo popular para uma disputa ao governo. É só tirar
a prova dos nove (Noves fora, sobra Confúcio). Então, quem são os possíveis adversários
do PMDB ao governo em 2014?
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Adversário I - O PP, de Ivo Cassol poderá lançar um (a) candidato (a).
Pode ser sua esposa, Ivone Cassol, ou seu irmão, Cesar Cassol, prefeito de
Rolim. O mais provável é que seja Cesar. Mas, por enquanto, não é possível ver
sucesso nessa empreitada. Cesar vai ter que fazer um trabalho muito bom em
Rolim e repercutir no Estado todo, e para isso tem pouco tempo. Se esperar só
pela transferência dos votos do Ivo, vai se decepcionar.
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Quanto à Ivone Cassol, as pesquisas do IRPE mostram que ela perde para
Confúcio hoje, que sua popularidade deveria estar em alta e o governo não está
bem perante a opinião pública. Daqui a um ano e meio, quando começar a
campanha, Confúcio estará fortalecido e com larga vantagem. Ivone não terá
chance.
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Adversário II – O PT provavelmente terá candidatura própria ao governo.
Mas para isso conta com importantes alianças, como o PSB de Nazif (Porto Velho)
e Jesualdo (Ji-paraná). O nome melhor do PT é o Deputado Federal Padre Ton, e a
maior força virá da bandeira do próprio partido. Lula é um ícone e o palanque
do partido estará muito forte na próxima eleição, que deve reeleger Dilma. Existe
ainda a possibilidade de Hermínio Coelho(PSD) voltar ao PT e ser o candidato ao
Governo.
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Adversário III – Existe uma grande possibilidade de o PDT romper com
Confúcio e lançar candidatura ao governo. É um sonho da família Gurgacz e está
nas mãos do Senador Acir. As chances de eleição dependem de vários fatores
nesse percurso até a campanha. Primeiro é apostar nos erros de Confúcio, depois
na capacidade de ganhar aliados. Um partido cobiçado é o PSB (o PSB é a noiva
mais cobiçada por todos os partidos nessa campanha).
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Adversário IV – o PSD, partido mais novo do Brasil, deve ensaiar uma
disputa ao governo em 2014. Com aliados em todos os municípios de Rondônia, a Assembleia
Legislativa e dois pré-candidatos, os PSDistas certamente não entregarão o
governo sem disputa. O Deputado Hermínio Coelho, presidente da ALE, e o prefeito de Ouro Preto, Alex Testone, são
os nomes do partido.
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O jogo – Para quem já é oposição, como o PP, PSD e PTB, a disputa é
natural. Se perder a eleição, não terá grandes prejuízos, já que esteve
cumprindo o seu papel natural na política. Mas para os aliados do governo, como
o PDT, o PSB e o PT, caso venham para a disputa e percam, terão prejuízos
graves. Como ensina Machiavel, tudo o que se faz durante uma disputa pode ser
concertado se a batalha for vencida. Se for derrotado, até os amigos lhe
virarão o rosto.
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Avulso – Outro partido que tem uma relativa representatividade é o PTB,
de Nilton Capixaba. Mas o partido sofreu um golpe quase fatal com a queda de
Valter Araújo. Capixaba terá que se organizar e escolher o lado certo, uma boa
coligação, para se garantir na Câmara dos Deputados. Voto ele já provou que
tem.
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Pesquisa – uma ampla pesquisa feita pelo IRPE em 32 municípios de
Rondônia mostra a corrida para a câmara dos Deputados, para o Senado e para o
Governo de Rondônia. Parte dessa pesquisa será publicada na versão impressa da
Revista Enquete, na próxima semana. Esta coluna também fará uma análise dos
dados e mostrará com detalhes as configurações para o Governo em 2014, com
números.
Dejanir Haverroth – Jornalista e pesquisador
(69)
9975-8514
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