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As redes sociais estão cheias de “anti-petistas”, outros
apaixonados pela ditadura militar, outros cegos e alienados e ainda aqueles que
tem opinião formada e até coerentes – aos quais devemos respeitar. Todos estes
pregam contra a Dilma, contra o PT e fazem um inferno na vida dos “desgraçados
do mensalão”.
Até aí tudo bem. Mas como essas críticas, sozinhas, vão
contribuir para a mudança de poder? Contribui sim, para transformar a internet em
um palco de guerra e promover o caos. Mas não é eficaz para as mudanças pretendidas
por eles.
No livro “O Príncipe”, Maquiavel falou do insaciável desejo
de mudança, próprio da nossa natureza. Porque “eles tudo desejam, mas pouco
podem ter e disso resulta o descontentamento e um desgosto pelo que possuem,
culpam o presente, louvam o passado e desejam o futuro, mesmo que sem razão”.
É besteira calcar uma oposição na crítica ao líder que se
identifica com o povo, que tem empatia e, de certa forma, protege os pequenos e
dá o que eles precisam. O desejo do povo pobre é mais honesto do que o dos
grandes. Enquanto os grandes desejam oprimir, o povo deseja apenas não ser
oprimido.
Se eu digo ao meu filho, por exemplo: “não coma este alimento,
ele vai te fazer mal”, mas não ofereço outra coisa para comer, certamente não
vai me obedecer. Moral: toda crítica deve ser seguida de uma sugestão, uma alternativa
atraente, melhor que a disponível.
Onde estão as opções dadas pela oposição? Ao invés de apenas
criticar a situação, eles devem trabalhar na criação de um novo líder. Uma alternativa
viável, melhor. Mesmo que eles convençam o Brasil todo de que o PT é ruim, que
as grandes conquistas do país nos últimos 12 anos foram vãs, ainda votaremos e
elegeremos a Dilma em primeiro turno.
Não vejo na oposição direitista, de elite, competência para
criar um líder que destrone a presidenta Dilma nas eleições de 2014. A direita
briga entre si. Seus líderes são gananciosos e defendem interesses corporativos
diversos (não se consegue, honestamente, contentar os grandes sem ofender os pequenos).
As brigas existem dentro dos próprios partidos. Seus discursos não conseguem
entrar no coração da maioria do povo.
Enquanto a direita estiver desunida e sem um líder para
apresentar ao povo, pode esquecer seu objetivo de conquistar o governo do
Brasil em 2014. Veja este conselho de Maquiavel, do livro “O Príncipe”: “...
notando os grandes que não podem resistir ao povo, iniciam a CRIAR A REPUTAÇÃO
de um de seus elementos e o tornam príncipe, para poder à sua sombra,
satisfazer os seus apetites.”
Sei que posso vir a me arrepender de dizer isso, mas espero
que eles não vejam esse texto, para que não o sigam como conselho.
Dejanir (Brasileiro da Silva) Haverroth
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