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Dejanir Haverroth
O auge da batalha já passou. A oposição jogou todas as cartas para
derrubar a presidente Dilma e o PT do poder. Agora terá de assistir de camarote
o Partido dos Trabalhadores se levantar. Esse partido é como uma arvore de raízes
profundas e insistentes. Não se pode extermina-la apenas cortando seus galhos.
Por mais que cortem até o tronco, as raízes profundas a faz brotar e se refazer
rapidamente.
Estão tentando aplicar veneno sistêmico, que penetram até as raízes,
mas não deu certo porque está abalando todo o “ecossistema” político, mas o PT
continua forte. O que esta acontecendo no Brasil é uma guerra entre a situação
e a oposição. Eu disse GUERRA! Sim, isso mesmo. A diferença em entre uma guerra
convencional é a ausência de armas, mas as táticas e os princípios são os
mesmos.
Os sinais de fracasso da oposição já são evidentes e as baixas de
capitães começam a aparecer. A questão é: por que a oposição vai fracassar? Vou
comentar minha teoria em um breve texto, sem entrar em detalhes, mesmo que
pareça ingênua e superficial.
>>> A oposição está desesperada e tenta mais uma investida
para derrubar Dilma – o manifesto do dia 12/04. Se fracassar, o que é bem
provável, certamente vai cair no descredito e perder o restante de seus
capitães. A oposição não tem cacife para bancar uma frente de batalha por tanto
tempo. Principalmente porque custa caro manter comandantes mercenários. Dilma e
o PT têm o apoio popular e isso os garante no poder por esses quatro anos de
mandato e os credencia para disputar outro oito anos. O que não será nada
difícil. “quem viver verá”.
>>>Para organizar a oposição, é preciso atender os interesses
dos “capitães” dos grupos organizados. Alguns soldados podem até ir para a rua
de maneira voluntária, por acreditar em mudança. Mas quem os comanda só vai por
dinheiro. Nenhum dos “capitães” está lá “de graça”. Já os comandantes do PT vão
por acreditarem na causa - vão por paixão.
>>> É muito desmotivador lutar por uma causa que não se acredita,
movido apenas pela razão econômica. Veja esse exemplo de baixa, sofrida pela
oposição: “A líder do grupo (vem pra rua), Débora Albuquerque, foi duramente
criticada ontem (01/04) após gravar um vídeo dirigindo e sem cinto de
segurança. Logo após esse episodio voltou às redes sociais para dizer que
estava difícil aguentar a pressão e que ‘o PT era muito unido’”.
>>> O exército da oposição não é homogêneo. Ele tem interesses
diversos e é composto de grupos com ideologias diferentes. Com muito esforço tentam
regimentar soldados e até conseguem alguns, mas seus comandantes precisam ser
bem pagos, senão desistem fácil. Seus líderes são meros mercenários sem causa,
que buscam o despojo. A ideologia é fraca, como uma árvore de raízes
superficiais – não têm resistência. A
fragilidade da ideologia requer um reforço no orçamento. Sem o apoio necessário
para as frentes de batalha, não conseguirão êxito.
>>> “Ninguém vai à guerra a suas próprias custas” (bíblico). O
PT vai. Os soldados do PT vão á batalha sem precisarem ser chamados. Cada
petista assume o papel de sargento ou capitão e vai á luta. Ele sabe que, se
olhar para o lado e ver outro soldado com a mesma “farda”, tratam-se de um
companheiros e comungam do mesmo ideal. Existe homogeneidade. Existe ideal.
>>> Os opositores do poder querem o apoio popular, mas não
conseguem o suficiente para conquistar vitória. Isso porque eles não estão do
lado do povo. São contra o “Mais Médicos”, contra o “Bolsa Família”, contra “Cotas
Raciais”, contra a “Lei da Homofobia”, a favor da “Redução da menoridade penal”,
etc. Essa é outra lição de “O Príncipe”. Ou você agrada os poderosos ou o povo.
Os ricos querem ter poder para oprimir, e o povo só não quer ser oprimido. Como
a oposição vai ganhar apoio popular empunhando o pavilhão dos poderosos?
>>> Outro erro é cercar uma “cidade murada”. O PT hoje, no
poder, é como uma cidade murada. Qualquer exército que queira vence-la, mesmo
conseguindo sitiá-la, terá problema de custos, baixas, tempo e, principalmente a
falta de motivação da tropa. A “moral” fica abalada diante dos resultados
ruins.
>>> Por outro lado, a Dilma agiu corretamente. “Todos o mal
que for fazer, faça de uma vez. De preferencia no inicio de um mandato”. Ela
fez as mudanças necessárias com os impostos, investigações, prisões de “peixe
graúdo”, aumentou a gasolina, etc. Depois desse período turbulento, terá muito
tempo para corrigir as coisas e reconquistar a credibilidade. O PT tem quatro
anos para mudar a opinião pública a seu favor e reeleger o sucessor de Dilma.
>>> A oposição, ingenuamente acreditou que conseguiria o impeachment
de Dilma. Mas não vai conseguir. Só vai fazer com que Dilma se fortaleça ainda
mais. Quando acabar essa onda de ataques da oposição, o PT vai estar mais
fortalecido do que nunca.
>>> Veja o que disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP):
"Não quero que ela saia, quero sangrar a Dilma". Essa afirmação de um
dos líderes da oposição é, na verdade, um grande erro para as regras da
batalha. Ele foi prepotente. Nenhum líder fica “sangrando” por muito tempo. Um
líder ferido recua, se fortalece e retorna para a batalha mais forte ainda. “Numa
batalha, se deve ferir e deixar sangrar os soldados inimigos, mas nunca um
líder. O líder deve ser exterminado” (regra d e guerra).
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