AGORA VAI!
Os equipamento
foram adquiridos há mais de oito anos. Muitos já estão obsoletos
Dinheiro em
caixa, equipamentos comprados, ainda faltava um elemento crucial. A falta de
organização interna do Departamento de Jornalismo – DEJOR, na época e,
principalmente, da PROGRAD - Pro Reitoria de Administração da Unir, deram
início a um atraso sem precedentes na construção do prédio do laboratório, que
frustrou expectativas de quase cem bacharéis que passaram pelos bancos da
Universidade.
Uma Resolução
da UNIR impedia o uso dos equipamentos sem que houvesse uma sala destinada às
aulas práticas. Até hoje, espaços físicos disponíveis são considerados “artigos
de luxo” dentro do Campi de Vilhena. Sem sala e sem planejamento didático, os
equipamentos, novinhos em folha, passaram a ser usados de forma indiscriminada.
Outro fator
que dificulta as aulas práticas é a falta de contratação de técnicos em rádio e
TV. Profissionais que operam os equipamentos junto com os acadêmicos,
orientando-os quanto ao uso adequado das máquinas. Houve casos em que alunos
danificaram máquinas fotográficas por falta de orientação técnica e, é claro,
de cuidado.
O entusiasmo
pela chegada dos equipamentos, em 2008, motivou diversas turmas que tiveram
contato com tecnologia de ponta à época. Câmeras fotográficas de última
geração, filmadoras profissionais de alta resolução e outros equipamentos
modernos deveriam ter reforçado as aulas práticas de jornalismo. Mas a alegria
foi parcial.
Durante uma
década, pouco foi feito para viabilizar a estrutura física do laboratório.
Durante esse período, o curso foi atingido pela falta de comprometimento de
alguns professores que o utilizaram como “trampolim” para garantirem seus
doutorados.
Parecendo ter
adotado a política do “quanto pior, melhor”, a falta do laboratório, greves e o
número reduzido de docentes, deu início a uma disputa entre um grupo fechado de
professores que chegou a elaborar, na surdina, proposta para a sua
transferência para o Campi de Porto Velho, sem anuência local. A comunidade
acadêmica reagiu, mobilizou a sociedade e ameaçou entrar na justiça. Depois de
três tentativas frustradas e a formação, goela abaixo, de uma comissão pela
nova Reitoria da Unir, o grupo desistiu do golpe.
As “nuvens
negras” que pairavam sobre o curso de jornalismo começaram a desaparecer com a
transferência dos mentores da tentativa. Novos professores chegaram e com eles
o desejo de “juntar os cacos” e reabilitar o curso.
O ex
presidente do Diretório Acadêmico da Unir de Vilhena, jornalista Paulo Mendes,
que trabalhou na área técnica de várias emissoras de TV do Paraná e Mato Grosso
do Sul, antes de conquistar a formação acadêmica e teve participação direta na
captação do recurso e aquisição dos equipamentos, diz que o prejuízo pela falta
de estrutura prática foi extremamente grande para os acadêmicos. “Um jornalista
sem um microfone ou uma câmera é como um bioquímico sem microscópio. Pode ter
conhecimento científico, mas, sem o conhecimento técnico e equipamentos
adequados, não conclui seu trabalho. Não se trata de ser mais ou menos
importante no contexto jornalístico e sim, de uma harmonia necessária para um
bom produto final”, afirmou Mendes.
Municiada de
todos os percalços por que passou o curso, a nova Chefe do Dejor, Mestre Leoni
Serpa, tem obtido diversas conquistas que podem levar o departamento a
recuperar, nos próximos anos, o tempo perdido. No ano passado, por intermédio
dela, com o apoio e empenho dos demais professores, o MEC reconheceu o curso
após um grande esforço na obtenção da nota mínima exigida pelo Ministério. Um
passo importante para um curso que sequer era aprovado. “Aos poucos e com muito
esforço, temos implementado ações que estão colocando o curso no caminho certo.
O reconhecimento pelo MEC, a nova grade curricular e a coesão dos professores
no sentido de fortalecer o curso nos garantem um bom futuro para o aprendizado
de comunicação social em Vilhena”, garantiu a professora.
Timidamente, mas com desejo de garantir o mínimo
de qualidade nas aulas práticas, o curso ganhou uma sala improvisada para rádio
e TV. Nela, alguns dos equipamentos passaram a fazer parte do cotidiano dos
acadêmicos que gravam e editam pequenos programas nas duas linguagens. “Ainda
falta muito, nós sabemos, mas já estamos conseguindo realizar boas aulas
práticas a partir dessa estrutura”,
Parabéns Dejanir, a você e toda equipe Comunicare pela iniciativa.
ResponderExcluir