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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Laboratório de jornalismo da Unir de Vilhena começa a ser usado

AGORA VAI!

Os equipamento foram adquiridos há mais de oito anos. Muitos já estão obsoletos

Após 11 anos da criação do curso de Comunicação Social, com ênfase em Jornalismo, da Universidade Federal de Rondônia – UNIR em Vilhena, o laboratório de prática em rádio e telejornalismo, ainda não saiu do papel. Em 2007, a Unir recebeu exatos meio milhão de reais de uma emenda parlamentar do ex deputado federal Natan Donadon (PMDB), a pedido da comunidade acadêmica, para garantir a viabilização da estrutura tecnológica que daria suporte prático às aulas teóricas do curso.
Dinheiro em caixa, equipamentos comprados, ainda faltava um elemento crucial. A falta de organização interna do Departamento de Jornalismo – DEJOR, na época e, principalmente, da PROGRAD - Pro Reitoria de Administração da Unir, deram início a um atraso sem precedentes na construção do prédio do laboratório, que frustrou expectativas de quase cem bacharéis que passaram pelos bancos da Universidade.
Uma Resolução da UNIR impedia o uso dos equipamentos sem que houvesse uma sala destinada às aulas práticas. Até hoje, espaços físicos disponíveis são considerados “artigos de luxo” dentro do Campi de Vilhena. Sem sala e sem planejamento didático, os equipamentos, novinhos em folha, passaram a ser usados de forma indiscriminada.
Outro fator que dificulta as aulas práticas é a falta de contratação de técnicos em rádio e TV. Profissionais que operam os equipamentos junto com os acadêmicos, orientando-os quanto ao uso adequado das máquinas. Houve casos em que alunos danificaram máquinas fotográficas por falta de orientação técnica e, é claro, de cuidado.
O entusiasmo pela chegada dos equipamentos, em 2008, motivou diversas turmas que tiveram contato com tecnologia de ponta à época. Câmeras fotográficas de última geração, filmadoras profissionais de alta resolução e outros equipamentos modernos deveriam ter reforçado as aulas práticas de jornalismo. Mas a alegria foi parcial.
Durante uma década, pouco foi feito para viabilizar a estrutura física do laboratório. Durante esse período, o curso foi atingido pela falta de comprometimento de alguns professores que o utilizaram como “trampolim” para garantirem seus doutorados.
Parecendo ter adotado a política do “quanto pior, melhor”, a falta do laboratório, greves e o número reduzido de docentes, deu início a uma disputa entre um grupo fechado de professores que chegou a elaborar, na surdina, proposta para a sua transferência para o Campi de Porto Velho, sem anuência local. A comunidade acadêmica reagiu, mobilizou a sociedade e ameaçou entrar na justiça. Depois de três tentativas frustradas e a formação, goela abaixo, de uma comissão pela nova Reitoria da Unir, o grupo desistiu do golpe.
As “nuvens negras” que pairavam sobre o curso de jornalismo começaram a desaparecer com a transferência dos mentores da tentativa. Novos professores chegaram e com eles o desejo de “juntar os cacos” e reabilitar o curso.
O ex presidente do Diretório Acadêmico da Unir de Vilhena, jornalista Paulo Mendes, que trabalhou na área técnica de várias emissoras de TV do Paraná e Mato Grosso do Sul, antes de conquistar a formação acadêmica e teve participação direta na captação do recurso e aquisição dos equipamentos, diz que o prejuízo pela falta de estrutura prática foi extremamente grande para os acadêmicos. “Um jornalista sem um microfone ou uma câmera é como um bioquímico sem microscópio. Pode ter conhecimento científico, mas, sem o conhecimento técnico e equipamentos adequados, não conclui seu trabalho. Não se trata de ser mais ou menos importante no contexto jornalístico e sim, de uma harmonia necessária para um bom produto final”, afirmou Mendes.
Municiada de todos os percalços por que passou o curso, a nova Chefe do Dejor, Mestre Leoni Serpa, tem obtido diversas conquistas que podem levar o departamento a recuperar, nos próximos anos, o tempo perdido. No ano passado, por intermédio dela, com o apoio e empenho dos demais professores, o MEC reconheceu o curso após um grande esforço na obtenção da nota mínima exigida pelo Ministério. Um passo importante para um curso que sequer era aprovado. “Aos poucos e com muito esforço, temos implementado ações que estão colocando o curso no caminho certo. O reconhecimento pelo MEC, a nova grade curricular e a coesão dos professores no sentido de fortalecer o curso nos garantem um bom futuro para o aprendizado de comunicação social em Vilhena”, garantiu a professora.
Timidamente, mas com desejo de garantir o mínimo de qualidade nas aulas práticas, o curso ganhou uma sala improvisada para rádio e TV. Nela, alguns dos equipamentos passaram a fazer parte do cotidiano dos acadêmicos que gravam e editam pequenos programas nas duas linguagens. “Ainda falta muito, nós sabemos, mas já estamos conseguindo realizar boas aulas práticas a partir dessa estrutura”, 

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