Dejanir Haverroth
Depois de vários pedidos, fiz uma breve análise do que pode acontecer em Vilhena, nas eleições de 2016. Em Vilhena existem três grupos se
articulando para concorrer as eleições, e mais um candidato avulso.
Um liderado por Melki Donadon, outro por Luizinho Goebel, um grupo com Junior Donadon e o candidato "solo", Julinho da Radio (PSOL).
Um liderado por Melki Donadon, outro por Luizinho Goebel, um grupo com Junior Donadon e o candidato "solo", Julinho da Radio (PSOL).
Quem está melhor articulado, no momento, é o grupo ligado ao
ex-prefeito Melki Donadon – com o PMDB e PTB. Inclusive tem três pré-candidatas
neste mesmo grupo, todos com chances – Raquel, Rosane e Rosângela.
O outro grupo que, embora esteja fragmentado em 5 blocos, também tem
chance, porém ainda não tem um nome definido. Esse grupo conta com empresários,
dissidentes do grupo de Rover e os aliados do deputado Luizinho Goebel (PV).
Somente quando eles definirem um pré-candidato é que esses fragmentos se tornarão
grupo e estarão em condições de enfrentar um pleito.
O terceiro grupo é encabeçado por Junior Donadon. Dissidente da família
Donadon e do PMDB. Ele “corre por fora”, e deve se filiar ao PSDB. Existe uma
chance desse grupo se aliar ao segundo grupo, liderado por Luizinho Goebel.
Julinho da Rádio é um candidato avulso. Não tem grupo além do partido
que integra – o PSOL.
Até o período que encerra as coligações, dia 02 de abril, muita coisa
pode acontecer. Se o grupo que se juntou em torno de Goebel se mantiver e
contar com um nome competitivo – o próprio Goebel seria o ideal – vai para uma
disputa eleitoral com chances. Se não conseguir aglutinar antes do período de
filiação, vai perder seus melhores cabos eleitorais para outros partidos ou
grupos.
O Grupo de Melki já está coeso, e é muito atrativo para quem “não quer
perder”. Porém, terá que definir um nome que não tenha impedimento judicial
para concorrer, senão terá dificuldade em conquistar a confiança do eleitor.
Isso por consequência de presepadas em eleições anteriores.
Junior Donadon vive um dilema: Vai ser “Donadon” ou contra “Donadon”?? Difícil
se posicionar, mesmo tentando se desvincular de estigma e tentar correr por
fora. Seu sobrenome não vai permitir essa liberdade.
Se Junior se juntar ao grupo que se forma em torno de Luizinho, pode
ajudar, ou atrapalhar. Isso depende da estratégia de marketing a ser usada. 45%
dos Vilhenenses quer um Donadon. 55% não quer Donadon na prefeitura. Junior
“Donadon” conseguia penetrar em qual público? Os que querem ou os que não
querem “Donadon”?
Acho que a chave dessa eleição de 2016 em Vilhena está nesses três pontos:
na decisão do Junior; na aglutinação dos fragmentos que apoiam Goebel; na
composição dos grupos antes do encerramento das filiações. Por enquanto só tem
um grupo pronto para o embate: o grupo do Melki Donadon.
Quanto ao atual prefeito, José Rover, é melhor que não se manifeste.
Ele pode ajudar muito se ficar nos bastidores indicando e orientando o seu
grupo para beneficiar àqueles de seu interesse - mesmo que ele saia limpo dessa
operação. Pode até sair limpo, mas ainda assim estará “encardido”. A sujeira
sai, mas as manchas ficam por um tempo.
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