Dejanir Haverroth
Os brasileiros assistiram de camarote a maior encenação teatral no
Brasil dos últimos tempos – a votação do impeachment no congresso nacional (Câmara
e Senado). O pior é que muitos aplaudiram, teleguiados pela mídia de massa.
Entre as cenas mais bizarras do episódio macabro da história de nossa
democracia, está a figura do deputado de Rondônia Lindomar Garçom. Foi trágico
e ao mesmo tempo cômico. Durante todo o tempo da votação na câmara foi possível
ver a cara de suricato do Garçom procurando as lentes das câmeras. Foi motivo
de chacota no Brasil e no exterior. Um mico em cadeia mundial.
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Os rumos da disputa para a prefeitura de Porto Velho ainda é uma
incógnita até para os mais experientes analistas. Quem liderava as pesquisas no
final do ano passado era a Mariana Carvalho. Mas ela diz que não será
candidata. Segundo ela própria, estaria morando em São Paulo e ocupada com os
estudos. Mesmo dizendo que está fora do páreo, a jovem deputada está
“apanhando” nas redes sociais. Os prefeitos da região querem saber onde estão
as emendas de recursos que ela prometeu.
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Outro “prefeitável” de Porto Velho que está “apanhando” é o deputado
Ribamar Araújo. Ele se aproveitou da “janela” e trocou o PT pelo PR. Acontece
que sua base eleitoral é (era) o Partido dos Trabalhadores, e a “petezada” não
aceita traidores e pelegos. Esses são os adjetivos atribuídos a ele pelos seus
ex-companheiros. Ele terá que formar
outra base se quiser permanecer com mandato na política. Os vereadores Wildes e
Bengala, que seguiram o deputado, podem não se reeleger.
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Em Ariquemes a disputa maior nesse período de pré-campanha é nos
bastidores. No PMDB, com a chegada de Tiziu Jidalias, as cartas foram reembaralhadas.
O Delegado Thiago Flores seria o candidato mais forte do partido, mas Tiziu
está bem articulado e tem o apoio do Deputado Adelino Follador (DEM). Ainda
existe uma corrente do PMDB que defende a união do partido com o atual
prefeito, Lourival Amorim. Do outro lado, livre dessa queda de braço, está a ex-prefeita
Daniela Amorim como principal adversária de oposição.
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Em Ji-Paraná a disputa ficará entre o PDT, PMDB e PSDB. A julgar pelo
grupo, o PDT de Marcito Pinto deve sair mais forte para a disputa. Ele conta
com a força dos Gurgacz e do PSB de Jesualdo Pires. A julgar pela popularidade,
qualquer um dos candidatos pode ser eleito: Solange Pereira, Alexandre do
Hotel, Marcito Pinto ou até mesmo o recém chegado Laerte Gomes, deputado e
ex-prefeito de Alvorada.
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Em Vilhena, a chegada do Japonês da Granja como a alternativa que
faltava para o grupo que se opões aos Donadon causou alvoroço. O produtor de
ovos Eduardo da Granja surpreendeu no momento que colocou seu nome a apreciação
popular, no início do mês de maio. Ele é filiado ao PV e tem o apoio do
Deputado Luizinho Goebel. Em torno de sua pré-candidatura já existem cerca de
15 partidos aliados.
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O PMDB nacional vai apanhar feito burro de carroça nos próximos meses.
Mas em Rondônia a situação é diferente. Com a habilidade política do Senador
Valdir Raupp e seus companheiros Dr. Lenzi e Tomaz Correia, o partido
aproveitou a “janela partidária” do mês de março e multiplicou forças. Trouxe
para o partido várias lideranças políticas de peso no Estado. Entre eles o
Presidente da Assembleia legislativa (ALE), Maurão de Carvalho, os deputados
Lebrão e Glaucione, os prefeitos Lebrinha e Alex Testone, dentre outros nomes
fortes.
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Por que sou contra o impeachment?
Muitos me perguntam o porquê de eu defender o governo Dilma nas redes
sociais (eles entendem que, por eu ser um profissional dos bastidores da
política, deveria ficar neutro e “puxar o saco” de todos). Eu respondo o
seguinte. “Não sou pelego e não serei covarde nesse momento em que a nossa
democracia mais precisa. Consigo ver além do que a grande mídia se interessa em
mostrar e sei que a história vai me dar razão.
Não quero que, no futuro, quando meus netos lerem esse capítulo negro
de nossa história e tomarem conhecimento do grande equívoco cometido por nossa
justiça, pelos representantes políticos e pela mídia, me vejam como um traidor
da pátria, um pelego. Tenho, como profissional da comunicação e da política, a
obrigação de entender o momento e me posicionar com ética e sabedoria.
Considero esse impeachment um golpe contra a democracia!
Porém, sou um profissional com ética e compromisso com meus clientes.
Consigo separar a minha ideologia política do meu trabalho. Oriento com
facilidade e lealdade qualquer político que me contrate, independentemente de
partido. Isso eu sempre fiz, inclusive nesse momento turbulento. Não há
conflitos de identidade - quando sou profissional lanço mão das técnicas, das
ferramentas, da verdade do cliente e da minha ética; enquanto cidadão, não abro
mão de minhas verdades, meus valores e minha ideologia.
Saber diferenciar e dividir é uma técnica que apenas mestres e iluminados conseguem executar,v/ ao meu ver é um iluminado no seu Estado.
ResponderExcluirObrigado, Mestre Guerrini!!!
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